Em Outubro chegaram-nos péssimas notícias. O orçamento para 2014 foi a confirmação do receituário obsoleto e da impotência da coligação. O corte de salários, a partir de 600 euros, é a prova provada da incapacidade e da insensibilidade deste governo. É consensual a necessidade da redução das despesas e que uma das reformas imprescindíveis é a da administração pública. Mas quando se esperava uma reforma estrutural, racional e inteligente, ao invés assiste-se a cortes profundos, insultuosos e indignos. Lamentavelmente está a ser exigido aos idosos e aos funcionários públicos, uma quota-parte exageradamente elevada, não esquecendo que os primeiros estão a garantir, em inúmeros casos, o nível de vida mínimo dos filhos e netos. Para além de estarmos a corrigir erros passados, incluindo os do governo anterior, concluímos que os sacrifícios são redobrados, por incompetência dos mandantes, que estavam habituados a gerir verbas de fundos europeus e pouco mais. Mas mesmo preocupante, é não termos a percepção de uma oposição responsável, com propostas e/ou soluções alternativas, verdadeiramente credíveis. É o túnel sem luz!
Neste mês de Outubro, a Sociedade Filarmónica comemorou o seu 90º aniversário e promoveu o lançamento de um CD evocativo. Nos dias que correm é de louvar uma instituição, que diz muito à maioria dos alvaiazerenses, pois ao longo de todos estes anos, muitos deles tem por lá passado e graças ao empenho e carolice dos seus directores actuais e passados, conseguimos ter viva uma Filarmónica, que é a oportunidade para muitos dos nossos jovens terem uma aprendizagem musical e simultaneamente garantirem a sua continuidade. Que seja por longos anos!
Igualmente em Outubro se comemorou 50 anos, que o reverendo Celestino Brás iniciou a sua carreira como padre, na paróquia de Maças de Caminho. Evocando essa efeméride, apresentamos uma entrevista e um trabalho biográfico, em homenagem a um homem que dedicou a sua vida a Alvaiázere, não esquecendo que para além de padre, foi professor e bombeiro. A somar aos tempos dedicados ao ensino, durante inúmeros anos foi director dos Bombeiros Voluntários, a maioria dos quais como presidente da Direcção e depois da Assembleia-Geral. São conhecidos os largos elogios relativos ao seu empenho e dedicação, em prole de tão prestimosa Associação. Pena é, que a memória dos homens, ou pelo menos de alguns, seja curta e onde deveria haver gratidão, surja “o empurrão”. Mas certamente que a ingratidão terrena será compensada pela justiça divina. Aqui e agora, o nosso bem-haja!