PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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Ai Alvaiázere, Alvaiázere… Do que é que estás à espera! (parte 1)

Lembrei-me da música do Jorge Palma para o título deste artigo e penso mesmo ser o mais apropriado.

Num passado recente a justificação que se dava para a falta de visão estratégica e para resolução dos problemas que nos assolavam era de que estávamos em crise e que os quadros comunitários estavam a acabar… etc,. etc.

A música era sempre a mesma embora a letra fosse muito pobre.

E agora Alvaiázere? Do que é que estás à espera?

Embora ténue a recuperação financeira do País está aí. O novo quadro comunitário está em vigor. E nós estamos melhor?

Sinceramente penso que não, mas penso que temos tudo para poder melhorar.

É necessário sem qualquer tipo de dogma identificar os principais problemas do Concelho e criar condições para os resolver. E penso que o principal problema é a falta de população.

Podem-me dizer que isso é um problema transversal ao interior do País e que não toca só a Alvaiázere. É verdade. Mas também é verdade que com o mal dos outros posso eu bem e que por estarmos só a 40 km do litoral e a 50 km de cidades como Coimbra ou Leiria, não poderemos ser considerados propiamente do interior.

Sem pessoas a morar no nosso Concelho, nada feito. Fecham as escolas porque não têm alunos, fecham os serviços públicos porque não têm utentes, e outros mais.

E o que podem os decisores fazer para inverter isso?

Tornar Alvaiázere atractiva do ponto de visto da oferta urbanística.

Como? Passo a explicar.

A Câmara de Alvaiázere é atualmente proprietária de milhares de metros quadrados de terrenos que estão ao abandono. Nesses terrenos deveriam ser criados lotes de habitação a preços simbólicos por metro quadrado para atrair pessoas a morar no Concelho.

Seria criado um regulamento de ocupação desses espaços onde fosse obrigatório a casa a construir ser a de primeira habitação, onde os filhos dos moradores tivessem obrigatoriamente de frequentar os estabelecimentos de ensino do Concelho (sempre que houvesse oferta educativa), onde se estipulava um prazo para a construção e ocupação do imóvel e onde se proibia a venda por exemplo nos próximos 20 anos para evitar a especulação imobiliária.

Com este estímulo muitos jovens casais (e não só), viriam criada uma alternativa para evitar a saída para Concelhos vizinhos, permitiria a sua fixação e serviria para chamar para o nosso Concelho outros que não têm capacidade de adquirir terrenos para construir casa.

Querem exemplos?

Dá-los-ei no próximo mês.