… temos seguido atentamente as peripécias da política nacional e face aos resultados das legislativas, estávamos convencidos que a PàF e o PS se iriam entender, com maior ou menor dificuldade, já que a perda da maioria assim o exigia, eis que de repente percebemos que estamos num regime parlamentar e que a tradição já não é o que era. Olhando para os resultados eleitorais, salta à vista que 43% dos inscritos preferiram não votar, ou seja perto de 4 milhões. É muita gente, apesar de muitos deles (setecentos e oitenta mil) estarem emigrados e continuarem por cá recenseados, pelo que a abstenção acaba por ficar dentro dos padrões europeus. Quanto aos resultados, as leituras são diversas e para todos os gostos e algumas dependentes da visão "clubista". Considerando valores arredondados, 2 milhões votaram na PàF que venceu, apesar dos 4 anos de medidas de austeridade, que lhe fizeram perder 700 mil votos e por consequência a maioria absoluta. Em segundo lugar ficou o PS com 1,7 milhões e pode-se considerar o grande derrotado, face à expectativa de alternância de poder, mas contudo teve mais 180 mil votos do que 2011; O PCP/Verdes manteve a sua votação perto do meio milhão, com ligeira subida, que lhe valeu mais 1 deputado e o BE praticamente duplicou o seu resultado, tendo atingido os 550 mil, passando dos 8 para 19 deputados. Bem vistas as coisas, quase que ganharam todos, isto porque quem ganhou, afinal é que perde. Pela primeira vez desde que há governos minoritários eleitos, existe uma maioria da oposição, que engolindo "cobras, sapos e lagartos", se quer entender. São as regras e contingências do regime parlamentar. Esperemos é que o bom senso impere, porque mais salários, menos horas de trabalho e menos impostos, tudo de uma vez sem degraus, só pode correr mal e os profetas da desgraça, estão em alerta máximo. A ver vamos!
Por cá, no próximo dia 8 de Novembro iremos comemorar mais um aniversário da Filarmónica, uma das instituições mais antigas do concelho e de maior relevância, mostrando actualmente uma grande dinâmica, com uma oferta cultural na área musical de realce, pelo que é merecido todo o reconhecimento que a sociedade alvaiazerense lhe manifeste em mais esta efeméride. Noutra vertente, destaque para Al-Baiaz – Associação da Defesa do Património, que anda há dezoito anos a defender o nosso património natural e cultural. Estas duas Associações são o exemplo, de entre vários, de que nós por cá … temos gente dedicada e com valor!