PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

carlos_simoes

De vez em quando…

…, parece que nada parece.

Em altura propícia a fazer “balanços”, é natural que cada um faça o seu, naquilo que é o âmbito particular e também no âmbito da vivência em sociedade neste mundo globalizado.

Com certeza, todos tiveram bons e maus momentos ao longo dos 365 dias de mais um ano e farão a sua retrospetiva. E o resultado, em tempos de tantas incertezas, será sempre um parece que nada parece. Melhor ou pior?

Não vou aqui fazer balanços de qualquer espécie.

Vou apenas registar e assinalar dois acontecimentos que servirão para desafiar o leitor a emitir opinião e estar atento no contexto da efetividade de efeitos em território alvaiazarense: um, o primeiro aniversário da abertura ao tráfego da via estruturante A13 com pagamento de portagem, e outro, a gestão do território neste primeiro ano com cinco freguesias.

Já agora, correndo o risco de lhe dar publicidade, um outro registo, a nível geral, por refletir alguma sintomatologia “parece”: Portugal foi notícia em todo o mundo (por via de um artigo no Wall Street Journal) por ser o “país mais pobre da Europa”, cito, e onde se venderam mais “Bimby”, uma tal máquina de cozinhar, made in Alemanha, que custa cerca de mil euros e que parece que “faz” tudo (comida), e numa só panela. Ora, abstraindo da seriedade do contexto dos tempos de crise, parece que isto é mesmo um contra-senso, já que em Portugal é sabido que todos querem é ter muitos “tachos”.

Enfim, e já agora também uma correção: se no mês anterior afirmei que não havia inovação do governo no combate ao deficit, terei de dar o dito por não dito. De facto, pelo lado da receita, o governo vai inovar e anunciou já o princípio básico: parece que vai adoptar a moda dos sorteios e das rifas. No novo ano, o cidadão vai poder habilitar-se ao jogo/concurso de sorte do governo, ou seja, se pedir factura nas suas transacções comerciais habilita-se a ganhar um automóvel num sorteio automático e semanal. Bom, retiraram uma série de benefícios fiscais em sede de IRS, por exemplo e nomeadamente em matéria de despesas de saúde, e vão dar agora um prémio aleatório, em sorteio, por o cidadão ter cumprido a sua obrigação. Pois sim, de facto com o IVA a uma taxa de 23% (ou talvez a 24% ou 25%), dá que pensar.

Vá lá, anime-se! Se pode, contribua.

Um bom ano.