Meus amigos e queridos leitores, atendendo à idade que tenho e felizmente a minha memória não me tem faltado, lembro-me muito bem do que antigamente, no tempo da outra senhora, isto é do Estado Novo, existiam apenas dois impostos a pagar anualmente ao Estado.
Eram eles, o BRAÇAL (para se arranjar dinheiro para a manutenção das estradas), uma vez que existiam os cantoneiros a conservá-las, e que até serviam para os meninos das escolas conversarem, quando por eles passavam a pé e não de camioneta como hoje são transportados e a Décima, que era o imposto sobre as terras e as casas.
Havia ainda uma licença que era a de isqueiro, mas esta só era imposta aos fumadores, quando acendiam o cigarro, mas não era obrigatória, como ainda hoje é, só fuma quem quer e pode fazê-lo. Era facultativa. No fundo, esta licença era para suportar as despesas com os trabalhadores da Fosforeira, que empregava um bom número de trabalhadores.
Hoje, com esta moderna governação há mais de quantos impostos. Ainda não consegui apurar quantos há ao certo.
Há dias recebi da Caixa Geral de Aposentações um ofício a fazer referência ao duodécimo do subsídio de Natal: sabem quantos impostos havia a fazer descontos: três para a ADCE, quatro de IRS e dois de Cont. Ext. (que não sei o que isto significa). Além destes impostos, ainda há muitos mais, quando antigamente, eram como acima disse dois.
Bem, também é verdade que há muita gente a viver à custa do Estado que nem fazemos ideia. Assim o dinheiro tem que vir de algum lado. O documento dos descontos tenho-o arquivado, para qualquer eventualidade.
Há dias no jornal “Correio da Manhã”, datado de 12 de dezembro de 2013, a páginas 27, vinha em artigo “PURO VENENO”, “UM MANIFESTANTE MUITO ESPECIAL”: “Soares vai de carro, motorista e segurança do Estado para as Manifestações de Norte a Sul do país.”
Vejam lá senhores leitores, quanto isto não custa ao nosso País. Tudo isto pago por todos nós, quando ele foi um funcionário como outro qualquer. Pois quando saiu da missão dele, deixou de ser o que era, passou a ser cidadão como outro qualquer. Mas nós, ZÉ POVINHO é que andamos a pagar em impostos para os outros andarem a gozar a seu belo prazer.
O meu falecido e SAUDOSO PAI dizia: “quem quer honras puxa por elas, como o burro puxa pela albarda”. É o que aquele senhor devia fazer. Se se quer fazer bonito vá à sua custa e não à custa de nós todos portugueses.
Não sei se os leitores sabem, mas eu sei, porque li com os meus olhos. Há um decreto-lei, datado em data que não recordo, no Diário da República na I Série, na altura em que esse senhor era Primeiro-ministro a decretar o seguinte: Todo o Presidente da República já fora do ativo neste País fica com direito a circular num carro do Estado, com um motorista, um gabinete e uma secretária, tudo pago pelo Estado. Isto é verdade. Há tempos li no Correio da Manhã que ele tinha 14 guardas diários a guardarem o que é dele.
Por isso é que os impostos aumentam, para pagar os vícios dos outros. Neste mesmo jornal, no dia 25 de novembro passado, a páginas 17, vem o seguinte na rubrica “A sua Opinião” intitulado “Mário Soares e Álvaro Cunhal”: “Mário Soares decidiu continuar o combate político. Soares dá tudo para que os portugueses não o esqueçam. Álvaro Cunhal nunca se esqueceu dos trabalhadores e do povo português. Cunhal nunca apelidou Cavaco de chefe do bando. Álvaro foi um cavalheiro no respeito aos seus adversários políticos, um exemplo de educação.” – Ademar Costa – Póvoa do Varzim. Tenho estes dois documentos arquivados.
Pois meus amigos, este pobre país a continuar assim a gastar dinheiro desta maneira parece-me bem que não vai longe e temos de pagar cada vez mais impostos e não como antigamente que eram só dois impostos a pagar, pelo que parece-me bem que NÃO ESTÁ CERTO.