Uma época de “convenções”, que marca o nascimento de Jesus Cristo. Das conversas, ressalta a opinião de que o aniversariante passa um pouco ao lado. Entretanto, na azáfama e mercantilismo dos “shoppings”, há o tempo da essencial confraternização em família e o momento de reflexão de cada um de nós para projetar um renovar de esperanças.
Mas, comemorando naquela onda, resumo a Consoada na base musical do “pintinho piu”:
Lá em casa tinha umas palhinhas, lá em casa tinha umas palhinhas,
E Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu.
Lá em casa tinha uma árvore, lá em casa tinha uma árvore,
E árvore de Natal, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu.
Lá em casa tinha um bacalhau, lá em casa tinha um bacalhau,
E o bacalhau com todos, e árvore de Natal, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu.
Lá em casa tinha um perú, lá em casa tinha um perú,
E o perú recheado, e o bacalhau com todos, e árvore de Natal, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu.
Lá em casa tinha um polvo, lá em casa tinha um polvo,
E o polvo guisado, e o perú recheado, e o bacalhau com todos, e árvore de Natal, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu.
Lá em casa tinha um cabrito, lá em casa tinha um cabrito,
E o cabrito assado, e o polvo guisado, e o perú recheado, e o bacalhau com todos, e árvore de Natal, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu.
Lá em casa tinha uns doces, lá em casa tinha uns doces,
Filhós, sonhos e rabanadas, e o cabrito assado, e o polvo guisado, e o perú recheado, e o bacalhau com todos, e árvore de Natal, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu.
Lá em casa tinha outro doce, lá em casa tinha outro doce,
Bolo-rei sem fava, filhós, sonhos e rabanadas, e o cabrito assado, e o polvo guisado, e o perú recheado, e o bacalhau com todos, e árvore de Natal, e Jesus nasceu, e Jesus nasceu.
A sociedade é assim. Nesta e noutras épocas, cruel. A consoada farta de uns tem espelho na fome de outros. O sentimento que nos varre o pensamento e a ação é de que somos impotentes perante… Que mesmo assim possamos assumir projetos de “melhoria” nesta sociedade, começando por nós próprios.
Ah pois, o Pai Natal!?
Há muitos, e dão cada prenda! Embrulhos vazios para saúde, educação, justiça e segurança, mas recheados para o sistema financeiro. Sim, com o nosso pão. Como estamos cansados e precisamos de “bancos”, esse Pai Natal já deve estar a preparar o próximo assento, … pio.
Com gratidão, votos de um próspero Ano Novo.