Tenho andado um pouco incomodado, há uns tempos a esta data, que quase todos os dias ouço na televisão, e não só, falar na palavra “GERINGONÇA”. Aprofundei-me no significado desta palavra e conclui que ela significa “coisa mal feita e que se escangalha facilmente; aparelho ou máquina considerada complicada; engenhoca; caranguejola; gíria.
Esta palavra proveio anteriormente de gergons; de gergon.
Estes significados têm razão de existirem.
A palavra geringonça é quase sempre ouvida acerca do actual governo, pois até o próprio primeiro ministro dela fala.
Os senhores leitores já repararam que o actual governo é composto por muita gente e de ideologia política diferente uns dos outros. São muitos a mandarem, a dar opiniões, muitas vezes diferentes uns dos outros.
Como há-de isto andar para a frente, quando por vezes as ideias são totalmente diferentes. São muitos a mandarem. Não há respeito.
Antigamente havia quem mandava e bem, mas com certo respeito e não se ouvia falar da dita palavra “GERINGONÇA”. Agora até já apareceu nos écrans da televisão. Há dias ouvi nestes écrans uns pobres proprietários de azeitona da região de Elvas a queixarem-se de lhe andarem a roubar este fruto das suas oliveiras e que os ladrões foram presos de manhã e à tarde já estavam novamente a roubar azeitona noutro local. Isto não está bem. É excesso de liberdade. Aí está para que serve a geringonça. Há dias estive juntamente com quatro advogados e conversou-se acerca dos tribunais, órgãos de soberania onde foi dito e é verdade, que um cavalheiro condenado por qualquer crime e diga que é pobre, sem rendimentos, tem defesa de graça e a condenação é paga em prestações ou vai trabalhar aos dias e quando quer, por conta de uma entidade estatal, da maneira como lhe apetece. Na minha opinião não lhe doa na pele a respectiva condenação. E, pois claro, continua no mesmo fado. Se lerem os jornais, os amigos leitores hão-de reparar que as notícias são uma desgraça; violações de menores, vigarices, assaltos a idosos com ameaças de, ou dás para cá o dinheiro ou matamoste. E os pobres velhotes, e não só, têm de ceder. Se estes idosos, ou outros, pegam numa arma para se defenderem e investem contra os invasores, os desgraçados vão para a prisão, por defenderem o que é deles que lhes custou a adquirir, e os ladrões, amigos do alheio, vão em liberdade. É ou não verdade? E, depois os gatunos ainda se queixam de que foram ameaçados com uma arma de fogo.
A onde está o direito à defesa, da sua integridade física, uma vez que os invasores é que são protegidos. Tudo isto está actualmente a acontecer e assim continuará cada vez pior. Há um ditado que diz “vai-te mundo cada vez pior”.
Já lá vai o tempo em que neste pequeno rectângulo havia respeito, dinheiro e crédito estatal, respeito e consideração pelas pessoas. Mas infelizmente tudo isto acabou. Bons tempos…
Para terminar, parece-me bem que NÃO ESTÁ CERTO.