PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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Para refletir (parte II)

Se o estado tem falhado, também nós enquanto cidadãos temos falhado e muito.

Somos responsáveis pelo desordenamento florestal, pela falta de limpeza dos terrenos em especial em voltas das nossas habitações, não nos preparamos para este tipo de acontecimentos e quando assim é, é impossível às forças que têm como missão a nossa salvaguarda e a dos nossos bens por si só, estar em todo o lado.

Basta olharmos para a nossa volta e vermos os autênticos bosques à volta das habitações, matos a entrar pela casa dentro, montes de lenha mesmo junto às casas, milho a secar junto a barracões, etc, etc.

É necessário sermos mais resilientes e sabermos como atuar nestas situações. Se devemos sair ou devemos ficar, se ajudamos os bombeiros ou se nos aventuramos isoladamente.

É necessário implantarmos nas nossas habitações e comunidades, medidas de auto proteção que permitam minimizar os impactos que possam advir dos incêndios florestais, sendo que estas medidas deviam começar nos estabelecimentos de ensino. É curioso que nos simulacros que anualmente são realizados e nas disciplinas que contemplam estas matérias só se fale em sismos e como atuar em caso de necessidade, mas não se fale uma vez sequer sobre a temática dos incêndios florestais. Estando nós num território do interior onde os incêndios têm uma probabilidade enorme de nos atingir, não deixa de ser contraproducente que não se aborde esta questão.

Tem de começar por nós e em nós a resposta a este tipo de ocorrências e acreditem que vale a pena. Este ano foi nos concelhos vizinhos, mas o que mais me assusta é que poderia ter sido aqui, connosco, esta tragédia. Já pensaram nisso?

É bom que o que aconteceu este ano não caía em saco roto. É necessário tirar ilações e corrigir os erros.

É por isso que este ano os Bombeiros de Alvaiázere irão a todas as freguesias ensinar as populações de como atuar em caso de incêndio.

É necessário estarmos preparados, pois segundo as previsões dos especialistas em matéria de condições climatéricas, fenómenos como os que aconteceram este ano poderão repetirse com mais frequência no futuro.

Em modo de despedida de 2017, desejo a todos os leitores um ano de 2018 de acordo com as vossos expectativas e que daqui a um ano cá estejamos para comemorar mais uma passagem de ano.