Este mês de dezembro é marcado por duas comemorações que se cruzam na sua essência.
O dia 10, comemorativo da “Declaração Universal dos Direitos do Homem” implementada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, surge como reação ao terror e morte que as duas guerras mundiais provocaram, ameaçando os direitos humanos. Inspirada na declaração francesa de 1789 dos direitos do homem e do cidadão e na declaração de independência americana, pretendia afirmar o ideal comum a alcançar por todas as nações, de que todos nascemos livres e com igualdade de direitos, perante a lei, pelo que não podemos ser torturados ou sermos submetidos à escravidão, nem sermos alvos de cerceamento da liberdade de pensamento, de opinião e de expressão. Este conceito de direitos humanos foi evoluindo e hoje é mais abrangente, focando o direito à segurança social, à paz, ao desenvolvimento, e a um ambiente ecologicamente equilibrado, assim como usufruir do direito aos benefícios da ciência e do progresso. O grande objetivo desta comemoração é a consciencialização sobre a dignidade de cada indivíduo e colocar em prática os nossos deveres de homens na igualdade universal de todos os direitos humanos.
O dia 25, comemorativo do nascimento de Jesus demonstra, com humildade, que cada um nasce livre e igual aos outros em dignidade e em direitos, pelo que esta época natalícia deveria ser pautada pela amizade, fraternidade e solidariedade e afastar ou deixar para segundo plano os presentes e o consumismo desenfreado, primando pela partilha com os amigos e a família do verdadeiro sentido do presépio, com autenticidade, deixando no nosso coração espaço para que este se acomode. Que estes presépios resultantes de gestos de novo relacionamento se transformem em sinais de presépios encarnados e moldados dentro das nossas vidas e perdurem por todo o novo ano de 2020 em esperança renovada e alegria contaminadora.
Este editorial foi uma breve reflexão do rosto desta edição. De salientar o trabalho desenvolvido pela escola no despertar de consciências, principalmente dos alunos para a questão dos direitos humanos e da salvaguarda destes quotidianamente. Evidenciar ainda a motivação efetuada pela CMA para a concretização de presépios tradicionais, animados e ao vivo, que foram dinamizados por diversas estruturas do nosso concelho revitalizando esta bonita e significativa tradição.