As mortes custam muito.
As mortes das pessoas de que gostamos e admiramos custam ainda mais.
Dedico este artigo à professora Alzira Silva.
Pessoa amiga, afável, integra, que ensinou e soube ensinar milhares de jovens que tiveram o privilégio de a ter como professora.
Fez-me gostar da disciplina de Francês. Conseguia incutir nos seus alunos o respeito que um professor merecia e dirigia-se aos alunos com um respeito imaculado, também como eles merecem.
Conseguia respeitar e ser respeitada como vi em poucos professores ao longo da minha vida académica.
Mulher religiosa, de Fé. Mãe paciente e amorosa. Nutria pelas suas filhas um amor presente, que ambas reconheciam como uma dádiva de Deus. Esse Deus que não escolhe quem leva, mas que leva só os que mais ama.
Esposa carinhosa e amiga. Quantas e quantas vezes vi o professor Manuel e professora Alzira chegarem juntos de pasta na mão e no final do dia saírem juntos escola fora. Um casal feliz.
Nunca lhe conheci uma alteração de humor ou uma expressão menos simpática. Se as tinha não as manifestava.
Mais presentemente, dedicou-se à causa pública nomeadamente na Assembleia Municipal de Alvaiázere onde era deputada. Aí também cumpria a preceito as suas funções.
Ao professor Manuel, à Catarina e á Teresa um abraço muito apertadinho .
Antes de enviar este artigo tive a notícia do falecimento do Sr. Alberto Gonçalves, companheiro de escrita neste jornal.
Mais uma vez a morte chegou sem avisar. Quantas e quantas vezes me parabenizava pelos meus artigos… uma simpatia da parte dele, diria.
Homem de convicções que as manifestava em conversas ou até nos seus artigos. Amante de Alvaiázere e das suas belezas. Fiquei triste, aliás estou triste!
Neste final de ano, Alvaiázere fica mais pobre. Resta-nos a memória de duas pessoas boas.
Para terminar queria desejar a todos os leitores um Ano de 2020 de acordo com as vossas expectativas e desejos.