“Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”. Esta célebre frase de Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazista, permite refletir acerca do papel das “fakes News” (termo inglês para notícias falsas) na sociedade. Estas acabam por influenciar e, de certa forma, controlar as decisões de um indivíduo. São particularmente importantes, por exemplo, no processo eletivo, por isso devemos estar muito atentos nos próximos tempos.
A ilusão da verdade é, pois, acreditar que algo é verdade sem o ser. A AI (inteligência artificial) levar-nos-á ao próximo nível da ilusão da realidade.
Li na página central do último alvaiazerense, sobre a descoberta das pegadas de dinossauro, o seguinte: “um dia ouvi falar a atual Diretora do Museu Municipal de Alvaiázere de umas supostas pegadas de dinossauro”. Ora, a dra Paula Cassiano não poderia ter indicado umas “supostas pegadas”, mas umas reais pegadas, pois verificou-as in loco tal como meia dezena de pessoas incluindo o professor doutor Mário Cachão do departamento de Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa que as mediu, fotografou e autenticou.
Lamento que, num dos meus artigos, o jornal, talvez por falta de espaço, não tenha publicado uma das fotografias tiradas, na altura, pelo professor Mário Cachão.
Reitero os parabéns a quem as divulgou e conseguiu andar com o projeto, mas factos são factos.
Mudando de assunto, se virem um sujeito perto dos vossos quintais não se assustem, pois poderá ser a “cara bonita” que aparece no cabeçalho deste artigo e que, desde já, agradece a vossa preciosa ajuda.
Há vários anos que procuro “tesouros” esquecidos, especificamente algumas variedades regionais de fruteiras. Estas variedades, normalmente são mais resistentes ao clima, não precisam de pesticidas e têm um sabor único.
Os mais velhos talvez tenham ouvido falar destas variedades: camoesa, baunesa, pero pau, três ao prato, maçã do vinho, malápio, carocinhas, farogozanas, orjais, lufinhas, pera pérola e muitas outras, mas poucos as provaram.
Tenho identificado algumas, muitas em silvados e parcelas abandonadas, mas há muitas mais que vocês conhecem e podem ajudar a manter, por exemplo, através da enxertia, e a divulgar. Uma “nova” macieira, pereira ou outra fruteira especial pode ser um “tesouro”.
Talvez fosse interessante identificar uma “nova” macieira na freguesia de Maçãs de D. Maria e renomeá-la de dona maria. Fica o desafio e o pedido de ajuda.
Após contacto com o coordenador da Estação Nacional de Fruticultura, polo de Alcobaça do INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária) este disponibilizou-se a vir recolher alguns garfos para identificar algumas variedades.
Termino desejando um BOM ANO.