PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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Adiar, até quando?

Mais uma festa, da nossa cultura ancestral, que esta pandemia vai adiar. Um adiamento em múltiplas dimensões: da religiosa à social, da afetiva à familiar, da solidária à pessoal.

Até quando? O fim total é difícil de prever…

Vivemos neste mês de fevereiro momentos muito dolorosos com a perda de muitos familiares e amigos e outros lutando de forma desesperada pela vida arrastando um forte sofrimento e muita preocupação pelo acompanhamento, à distância, dos que lhes são mais queridos.

Uma época sem precedentes, para a nossa geração, provocando uma tristeza infinita de não podermos acompanhar presencialmente os nossos doentes ou no caso da sua perda, acompanha-los à sua última morada.

Para todos os que passaram por estes momentos, sempre difíceis de superar, mas mais agravados por estes tempos de pandemia, o meu abraço forte, solidário e muito sentido.

Os resultados da diminuição da pandemia no final do mês e a vacinação transmitem-nos uma ténue esperança de vislumbrarmos o fim dos adiamentos, no entanto compete-nos, a todos, não deixarmos que se repita na Páscoa o que aconteceu no Natal.

Os melhores resultados não são suficientes para aligeirar as medidas de segurança, pelo que, devemos concentrar toda a nossa atenção, no cumprimento rigoroso das regras impostas pelo confinamento, para bem de todos.

Estamos ainda numa encruzilhada difícil de superar a todos os níveis e de encararmos o futuro, individual e coletivo com otimismo, pelo desenho da crise que se avista cada vez mais profunda.

São tempos que nos exigem muita solidariedade, para os que, revelam mais dificuldades.

Estamos já a mais de meio caminho para chegarmos à Páscoa, a festa mais importante da nossa vida para os cristãos. É nela que está revelado o total amor de Deus para nos salvar e não permitir que os painéis da mentira, da exploração do ser humano não nos dominem e não nos tranquem em trevas desumanas. Aproveitemos estes tempos de pandemia para vivenciar a Páscoa de forma mais profunda e de renovação, fazendo brilhar a nossa dimensão humana de sermos mais solidários.

Desejo a todos os colaboradores, assinantes e leitores do nosso jornal, uma Santa e Feliz Páscoa, com ovos de chocolate, mas também com corações renovados no amor.