O verão chegou. Acabaram as aulas, normalmente, os emigrantes regressam para visitar a família e, os que podem, vão de férias. Até aqui, tudo era esperável, não fosse um bichinho baralhar o que parecia imutável.
Segundo a comunicação social, parece que os portugueses estão a mudar a forma de gozarem as férias e, em vez de praia, optam pelo interior: praias fluviais, vivendas com piscina e passeios pelo património natural. Neste último aspeto, pela sua biodiversidade, Alvaiázere, é um sítio privilegiado com imensos recursos. Não fomos bafejados com grandes e constantes recursos hídricos mas temos a Serra, fauna e flora únicas.
Nos últimos meses, com uma máquina fotográfica a tiracolo, tenho percorrido os diversos trilhos marcados no território alvaiazerense.
Alguns são simplesmente fantásticos mas, parece-me que as pessoas só os usam em grupo/passeios organizados. Também é pena que estejam a necessitar de limpeza e, neste aspeto, a Câmara está a prestar um mau serviço público.
Dir-me-ão que sou meio chanfrado, por andar, sozinho, a fotografar bicharada, principalmente, borboletas mas, neste tempo de isolamento social, foi a melhor opção.
As borboletas deverão ser os animais mais fotografados, havendo grupos de estudo/observação constituídos por milhares de membros.
Sendo Alvaiázere, pela sua posição geográfica, um local privilegiado para a sua observação, sugiro que se invista na sua promoção pois, provavelmente, nunca iremos ter os passadiços da moda, embora uns da Marzugueira ao Vale da Couda fossem interessantes.
Sobre as borboletas direi ainda que, em Portugal, há cerca de 130 espécies diurnas e 2500 noturnas (mariposas). Desempenham um papel essencial nos ecossistemas pois são fundamentais para a polinização e a sua existência são um bom indicador da qualidade de vida numa região.
Termino com um convite: venha conhecer as borboletas em Alvaiázere.