PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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A 40ª FAFIPA foi, contabilizando-se o número de visitantes, um êxito. O Executivo Municipal, ao empenhar-se na criação de uma edição especial onde todos, alvaiazerenses e visitantes, teriam uma forma ímpar da viver, conseguiu os seus objetivos.

Deste ponto de vista, dou os meus parabéns ao executivo e a todos os que deram o seu melhor para que este evento se realizasse. O programa era vasto e de boa qualidade, o que parece atestar a boa saúde financeira do município. E o facto de não se cobrar bilhete, em alguns espetáculos, como fazem algumas autarquias vizinhas, reforça a ideia de “boas contas.”

No entanto, entender que a FAFIPA é “uma marca de identidade do concelho, na medida em que permite dar a conhecer Alvaiázere e o seu património agrícola, florestal, industrial, natural e cultural”, creio que é, apenas, uma boa intenção.

Parece-me que a maioria dos forasteiros veio mais pela festa/festival do que pela feira pois esta há muito que, infelizmente, está moribunda. Espero que, autarquias, associações e empresários, tenham o saber e a arte para a renovar. É sinal que o tecido empresarial do concelho reanimou.

Quem também aparenta precisar de reanimação é a Europa. Há mais de meio século que usufruímos um clima de relativa paz e prosperidade e todos os indicadores sociais, económicos e demográficos confirmam que vivemos mais e muito melhor do que os nossos progenitores. No entanto, com os desenvolvimentos dos últimos tempos: guerra, inflação, alterações climáticas e migrações, novos desafios se colocarão no futuro próximo. O que temos pela frente será muito diferente do que estávamos habituados.

O dinheiro será mais caro e comprará menos coisas. Possivelmente teremos de ser mais frugais: menos comida, menos viagens e menor conforto térmico.

Assim, individualmente mas, principalmente, as empresas deverão estar atentas à sua situação financeira e serem prudentes nas suas opções e ações. Nada de hipotecar o futuro.

Já agora, e sobre o futuro, não gostaria de ver, a Escola Básica de Alvaiázere “ emparedada” com novas construções. Se o anterior executivo, por insuficiência económica ou outra, não teve capacidade para adquirir os terrenos que ladeiam o edifício, espero que este, e como o dinheiro parece não ser problema, acautele o futuro. E o futuro de Alvaiázere estuda/ trabalha nesta escola.