No mês de agosto, tenho uma inclinação natural para poupar energias, ou seja, torno-me um pouco preguiçoso.
Confessado o meu pecado fio-me na sabedoria popular: “quem oculta os seus pecados não prospera; quem os confessa e os abandona recebe misericórdia”.
Sendo assim, enquanto “ardem os montes e secam as fontes” e “com bom sol se estende o caracol”, resolvo adiar a escrita do artigo relativo a este mês, convencido que “cesteiro que faz um cesto faz um cento, dando-lhe verga e tempo”.
Agora que, e como “não há bela sem senão”, estou pressionado em acabálo, lembrei-me que “o preguiçoso trabalha dobrado”. No entanto, como “o que tem de ser, tem muita força” e a “necessidade aguça o engenho” procuro escrevê-lo o mais rapidamente possível. Mas quem é que nunca ouviu, ao fazer algo rapidamente, que “a pressa é inimiga da perfeição”?
Se é verdade que “quem tem preguiça nas pernas ganha ferrugem nos dentes”, eu, tendo preguiça nas mãos, devo ter apanhado ferrugem no cérebro pois as minhas ideias esfumaram-se e farto-me de pensar.
Como “ a pensar morreu o burro” começo a “escrevinhar” mas “quanto mais depressa, mais devagar”. Assim, e socorrendo-me mais uma vez da sabedoria popular, “ a noite é boa conselheira” e “ não faças nada sem consultar a almofada” penso deixar o trabalho para amanhã cedo pois “Deus ajuda quem madruga”.
Pronto a encerrar o computador lembro-me: “ Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”e “imita a formiga e viverás sem fadiga”.
Olho para o fundo da página e está quase… Como “ a necessidade aguça o engenho”, vou escrever sobre os provérbios ou ditados populares que usamos em diversas situações.
Ao fazerem parte da cultura popular e, como normalmente são fáceis de decorar, transmitem, de geração em geração ou de boca em boca, conhecimentos valiosos, que servem de conselhos e alertas, e são aplicáveis a várias situações do quotidiano.
Assim, apesar de encontrarmos provérbios para todas as situações da vida, ao transmitirem experiências aos mais novos, assumem especial importância na educação moral e nos “ensinamentos” relacionados com o tempo e os trabalhos agrícolas.
Como “ o prometido é devido, e “ antes tarde do que nunca” consegui escrever este artigo. Ufa! Enchi a página.
É bem verdade que “com trabalho e perseverança, tudo se alcança”.