O nome janeiro, provém do latim lanuarius que tem, por sua vez, origem em Janus, um deus da mitologia romana que era representado com duas faces, uma olhando para trás, o passado, e outra olhando para a frente, o futuro.
Janeiro é um mês de pausa e reflexão mas também mês das transições, altura do ano em que devemos decidir o que fazer de novo, tal como a natureza que se prepara para renascer.
No período pandémico que atravessamos, o mundo parece mais escuro, mais frio onde nada floresce, excetuando o vírus que nos flagela continuadamente.
Com o alongar dos dias é tempo também de alongarmos os horizontes e procurar, pelo menos, uma luz tremelicando ao fundo do túnel. Serão as vacinas? O tempo, só o tempo, nos dirá.
Aproveitemos este período de pausa para promovermos alguns momentos de reflexão sobre a nossa vida.
É impressionante o retrato feito à evolução da esperança média de vida à nascença, em Portugal. Por exemplo, verifica-se que, em 1920, seria de apenas 35,6 anos e que os nascidos um século depois, dependendo do sexo, poderão viver, em média, 81 anos. É uma evolução notável em apenas 100 anos e, graças aos diferentes avanços na ciência e tecnologia, é previsível a duplicação desta idade.
Saber até que ponto é necessário introduzir reformas nos sistemas públicos de pensões é assunto que não domino e o pouco que sei não cabe neste breve apontamento.
Como em tudo o que parece certo e bem encaminhado na vida, aparece a areia na engrenagem, neste caso o Covid-19, e iremos ter uma regressão na esperança de vida à nascença, assunto que ainda é pouco debatido tal como as suas reais implicações na organização da sociedade.
De uma forma ou de outra iremos sobreviver e, voltando aos romanos, eles tinham uma esperança média de vida de apenas 25 anos e construíram um império.
Para terminar, deixo dois provérbios populares:
“Com tempo e perseverança, tudo se alcança”;
“Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier.”