Infelizmente o cenário de 2021 não será diferente de 2020, apesar da ténue esperança que representam as vacinas. Vivemos tempos muito difíceis e amargurados que se agudizam dia para dia com os resultados da pandemia.
Temos que ser cada vez mais assertivos e responsáveis cumprindo as regras com rigor para a segurança de todos. Tempos de solidão que felizmente podem ser ultrapassados online, que nos possibilita a partilha de experiências criativas, artísticas, científicas e ambientais.
Apesar de todas as comodidades, as amarras da pandemia, roubam-nos a liberdade.
Achamos que estamos a viver um pesadelo. Mas será que nos é permitido este queixume constante? Quando o Holocausto foi o maior genocídio do século XX com o assassinato de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
No passado dia 27 de janeiro comemoraram-se os 76 anos da libertação do Campo de Concentração e Extermínio Nazista Alemão de Auschwitz-Birkenau pelas tropas soviéticas em 1945. Tendo esta data sido proclamada “Dia Internacional em Memória das vítimas do Holocausto” pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
No momento que atravessamos temos a tendência de pensar que estamos a viver pesadelos idênticos, mas os seus contextos são tão diferentes, que nos devíamos de envergonhar, pois a brutalidade de um regime ditatorial sem limites na sua ação feroz esmaga a liberdade e a dignidade que todo o ser humano tem direito.
Faz quase um ano que conjuntamente com os meus alunos do 12º ano vivenciamos estes horrores no terreno e no silêncio desejamos com fervor que catástrofes desta dimensão não voltem a se repetir.
Urge continuar a aprofundar a temática do Holocausto, com os mais jovens, contribuindo para a sua formação cívica e pessoal, como cidadãos do mundo, e despertando consciências para um problema ainda real.
Quando as atrocidades em massa não estão mais escondidas atrás dos muros dos campos de concentração, quando a crueldade, o antissemitismo e a exclusão fazem parte de uma tentativa generalizada para aterrorizar grupos, quando se verifica a incapacidade de muitos compreenderem a exata natureza dos regimes totalitários e ditatoriais e quando impera o poder do medo, a banalidade do mal e o perigo da ilegalidade camuflada como lei, a escola e toda a sociedade deviam reforçar o combate às ideologias do ódio e contribuir para uma cultura de paz e de ação humanitária, aprendendo de forma correta com o passado.