Hoje vou contar uma história… verdadeira, não inventada nem fictícia.
Há vários anos atrás, um colaborador do jornal da sua terra que gosta de dar opiniões sobre o que se passa no seu País e discutir e opinar sobre política, escrevia nesse jornal regional a sua opinião sobre as eleições legislativas que se aproximavam. A dado ponto perguntava se os portugueses quereriam para os governar a personalidade indicada pelo partido, face a asneiras cometidas por ela em governos anteriores, com a agravante de na altura querer renascer relíquias do passado, seus colegas partidários supostamente competentes face ao muito dinheiro que se recebia na altura da CEE, mas muito desbaratado(???) por tais indivíduos.
Uma dessas relíquias não gostando da companhia dos seus colegas (sabe-se lá porquê, ou talvez sim), intentou contra o tal colaborador, em tribunal, um pedido de indeminização civil, “poros factos descritos o atingirem na sua honra e consideração e se sentir incomodado por ser uma pessoa publicamente conhecida”. Os outros também eram… e sendo todos colegas, conheciam-se eles próprios sobejamente.
Acontece que, passados alguns anos, a relíquia do passado que na altura se mostrou muito ofendido e atingido na sua honra e consideração, não por qualquer acusação ou ofensa por parte do opinador, é julgado e condenado a vários anos de prisão por burla qualificada e fraude fiscal de muitas dezenas de milhões. E, com certeza, continuando a julgar-se todo poderoso e fazer dos outros capacho, (pensando até que todos se acagaçam quando abre a boca), chegou ao desplante de querer comprar os anos de cadeia com parte do dinheiro, milhões, que arrecadou e que os portugueses pagaram e continuarão a pagar face aos seus arranjos e dos seus colegas.
Será que tal senhor, quando toda a comunicação social transmitiu e deu a conhecer ao País as suas burlas e condenação, se sentiu incomodado, se sentiu atingido na sua honra e consideração, por ser uma pessoa publicamente conhecida? Mas conhecida por bons ou maus motivos?
Temos que concordar que somos culpados, muitas vezes, pelos enormes egos que estas pessoas alimentam em si próprios, pelo facto de muita gente, apesar de tudo, ainda se referirem sobre estas personalidades como pessoas de bem e os considerarem pessoas ilustres das suas terras. Ilustres? Quem os quer considerar com estes atributos? Desgraçadas terras se apenas forem conhecidas por ilustres deste gabarito e seus fãs.