A fazer fé no calendário
Foi natal
Aqui e até no distante oriente
Onde um animal,
Vi na televisão,
Vestido de Pai Natal
Enfeitava o cenário
Querendo ser boa gente.
Mas sem Rodolfo nem trenó
Para levar os desejados presentes
Envia em mísseis kinzhal
Fome, frio e morte aos inocentes
Dá sangue amassado com pó
Para beber.
Com todo este sofrimento
O valente povo, nobre nação
Faz cimento.
Ergue bandeiras
Nas trincheiras
E a ouro irá escrever
A sua história.
O deus de pés de barro
Como qualquer outro lambão
Na história também ficará
Mas só o seu negro sarro
Escorrerá.
Faça-se Natal em qualquer dia
Mesmo no pino do verão
Que o mundo precisa de harmonia
E está quase sem respiração.