A fazer fé no calendário
Foi natal
Aqui e até no distante oriente
Onde um animal,
Vi na televisão,
Vestido de Pai Natal
Enfeitava o cenário
Querendo ser boa gente.
Mas sem Rodolfo nem trenó
Para levar os desejados presentes
Envia em mísseis kinzhal
Fome, frio e morte aos inocentes
Dá sangue amassado com pó
Para beber.

José Baptista
O programa “ Escola a tempo inteiro” foi lançado como uma solução para as pessoas que trabalham e que, consequentemente, não podem estar com os filhos. Infelizmente, em muitos casos, não foi implementado como uma estratégia que, ao incrementar aprendizagens significativas, responda aos interesses efetivos das crianças.
A pobreza é uma realidade que flagela, segundo estimativas da ONU, cerca de 1,3 mil milhões de pessoas em todo o mundo, sendo quase metade crianças e jovens. Com a finalidade de alertar e sensibilizar a sociedade civil para esta realidade foi instituído o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza que é, anualmente, celebrado a 17 de outubro em todo o mundo.
Ultimamente muito se tem falado do futuro aeroporto de Lisboa. Ficámos a saber que lá para finais do próximo ano se saberá a sua localização. Sendo verdade que desde 1969 se procura a dita localização e que já se gastaram mais de 70 milhões de euros (que davam para construir dois aeroportos iguais ao de Beja) em projetos e outros estudos é de espantar, não é?
No mês de agosto, tenho uma inclinação natural para poupar energias, ou seja, torno-me um pouco preguiçoso.
Confessado o meu pecado fio-me na sabedoria popular: “quem oculta os seus pecados não prospera; quem os confessa e os abandona recebe misericórdia”.
Sendo assim, enquanto “ardem os montes e secam as fontes” e “com bom sol se estende o caracol”, resolvo adiar a escrita do artigo relativo a este mês, convencido que “cesteiro que faz um cesto faz um cento, dando-lhe verga e tempo”.
Os incêndios voltaram a atingir o nosso território. Mais para o fim do verão, na hora de fazer contas, constataremos que se consumiram milhares de hectares de floresta, gastaram-se milhões de euros em meios de combate e, intimamente, sabemos que todo este empenho foi um pouco inglório. Para o ano volta tudo a ser igual pois não é exequível limpar a floresta. Há muito que esta deixou de ser rentável e, na situação atual, mesmo que o fosse de pouco valeria.
A 40ª FAFIPA foi, contabilizando-se o número de visitantes, um êxito. O Executivo Municipal, ao empenhar-se na criação de uma edição especial onde todos, alvaiazerenses e visitantes, teriam uma forma ímpar da viver, conseguiu os seus objetivos.
Em junho, como forma de homenagear as crianças e também com o objetivo de chamar a atenção para os problemas que elas enfrentam, comemorase o Dia Mundial da Criança.
Nos denominados países desenvolvidos, o dia é festejado recorrendo às mais díspares atividades que, por vezes, são uma forma encapotada de mercantilizar a data. Esquecemo-nos, frequentemente, das crianças fugidas à guerra e daquelas que morrem de desnutrição e falta de assistência médica.
Em 2022 já são mais os anos vividos em democracia do que em ditadura mas comemorar o 25 de abril, Dia da Liberdade e da Democracia, ainda fará sentido? Fiz a mim mesmo esta pergunta ao visionar o comentário semanal de Marques Mendes na televisão, Não é que, e enquanto ele dissertava sobre o 25 de abril, apareceu no ecrã, em letras garrafais, a legenda: “Dia da Liberdade e da Revolução dos Escravos”? Sim, valha-me santa Engrácia, dos Escravos! Como é de supor, escangalhei-me a rir.
Atravessamos uma época de crescente medo e incerteza. Como se não bastassem as alterações climáticas e a Covid-19, agora, passados 80 anos, novamente pela mão de um ditador, a guerra regressou à Europa.
Como também é evidente, os nossos paladinos, Estados Unidos e Europa Ocidental, não são santinhos. Durante anos “engordaram o urso” e, após algumas pequenas provocações, ele despertou. Os grandes interesses económicos agradecem.