PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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Não ao Silêncio

Editorial

Num mês em que comemoramos o Dia da criança nunca é demais relembrar que a proteção dos Direitos das Crianças ainda tem uma história muito breve, cerca de cem anos, pois foi em 1924 que os países da Sociedade das Nações foram convocados a acompanhar os princípios da Declaração dos Direitos da Criança. No entanto só em 1956 é que a Assembleia Geral das Nações Unidas publicou a Declaração dos Direitos da Criança, mas foram precisos mais trinta anos para esta adotar a Convenção sobre os Direitos da Criança, em 1989. Efetivamente foram-se dando passos relevantes na proteção e respeito pelos Direitos das Crianças, que paulatinamente vão continuando no século XXI, mas que está muito longe de ser uma realidade em todo o mundo e para todas as crianças.

É desesperante o que a guerra está a provocar a todos, mas em especial às crianças, que cumulativamente sofrem maus tratos em todo o mundo, pelo abuso físico, sexual, psicológico, económico e digital.

Muitas vezes, o pior acontece, junto às nossas casas, locais de trabalho e até de lazer, assim, nunca podemos esquecer que também somos culpados pelo nosso silencio, de não denunciarmos as situações de forma a prevenir e a evitar situações extremas da morte de crianças inocentes. Nunca podemos esquecer que o silêncio é o maior aliado dos agressores, é um dever cívico de todos nós não nos calarmos ao mínimo indício de negligencia.

A nossa missão é salvaguardar que é dado o melhor do mundo às crianças, mas também temos que fazer a nossa parte, de dar o melhor de nós, para colaborarmos na construção de um mundo em que todos os dias são Dias das Crianças.

E neste contexto nesta edição revelamos várias atividades que se vão desenvolvendo por todo o concelho, em especial no espaço escolar, que contribuem para a formação integral da criança e para obterem as ferramentas necessárias que permitam a sua proteção e defesa.

Também nesta edição do jornal foi gratificante verificar a pluralidade e diversidade de opiniões numa análise transversal da vida do nosso concelho, que a todos enriquece e que pode ser reveladora de uma mudança de mentalidade e atitude, de dizer não ao silêncio, caminhando para a critica construtiva.