Quando pensava que António Costa estava mais comedido e que ao fim de tanta asneira via que a maioria não era sinal de fazer o que lhe apetece, eis que apresenta o Orçamento de Estado e com ele uma carrada de medidas que afligem até o mais acérrimo dos socialistas.
Podia falar do dossier TAP, onde agora querem privatizar o que nunca deveria ter sido nacionalizado, com a desculpa que a TAP era uma empresa charneira e que deveria ter sempre o controlo do Estado e onde agora dizem que teve resultados financeiros muito bons no primeiro semestre de 2023, mas que não dizem que se tivessem de pagar como forma de empréstimo o dinheiro que aí foi injetado por todos Nós, continuava a dar prejuízos já que a sua gestão estatal não consegue gerar lucros. Que bom era se todos Nós pedíssemos dinheiro ao Estado e depois não pagassemos as respetivas mensalidades… Quem não teria lucro?
Para piorar podia falar do estado do SNS, de que os socialistas tanto se orgulham de serem o seu criador, mas que por este caminho serão também responsáveis pelo seu suicídio. Como é possível que um diretor geral (que ainda não tem estatuto aprovado para o ser, mas já o é) do SNS venha dizer a todos os Portugueses que o mês de novembro vai ser catastrófico? Se assim for, alguns de Nós que leem este artigo, podem morrer à porta de um hospital porque os serviços de urgência estão encerrados, ou morrer em casa porque as ambulâncias não são libertadas nos serviços de urgência, já que as suas macas são as “camas” dos hospitais? Como é que isto é possível? É a Nossa vida que está em causa. É a Nossa vida e dos Nossos que está em risco!
Num País onde os organismos de Estado deveriam funcionar, seria mais que suficiente para dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas. Mas para isso deveríamos ter um Presidente da República que assumisse as suas funções em vez de andar a ver o decote do povo que tristemente o observa nas ruas. Se a Nossa saúde e por consequência a Nossa vida não serve para fazer cair um governo, não sei mais o que servirá.
Mas para piorar o ramalhete, Costa e seus pares não se cansam de tomar o corpo de uma sanguessuga e agravam mais um imposto que trinca até às entranhas o nosso dinheiro. Falo do Imposto Único de Circulação (IUC).
Aumentar um imposto de 400% a 800% até 2027 não é mais do que uma medida imoral, antissocial e acima de tudo criminosa!
E escusa o primeiro ministro de dizer que o aumento do IUC serve para pagar aliviar o IRS dos Portugueses, pois a maioria de pessoas que têm carros anteriores a 2007 têm pensões baixas e ordenados mínimos e por isso não têm direito a reembolso de IRS.
Escusa de vir a ministra da coesão territorial dizer que este aumento é para compensar a redução dos preços das portagens de algumas auto estradas, pois a maioria de pessoas que têm carros anteriores a 2007 não utilizam auto estradas.
Escusa de vir o ministro do ambiente dizer que este aumento é uma medida ambiental que serve para incentivar a troca de veículos antigos por veículos mais recentes e que poluem menos, pois a maioria de pessoas que têm carros anteriores a 2007 não têm dinheiro para trocar de carro.
Costa deveria lembrar-se que foi uma medida como esta e que na altura consistiu em fazer pagar portagens da ponte 25 de Abril, que fez desenrolar uma série de acontecimentos e manifestações que iniciaram a queda do governo de Cavaco Silva. A sorte de Costa é que agora os Portugueses manifestam-se nas redes sociais… Na altura era em confronto com a polícia e com direito a diretos televisivos.
E por isso digo que Costa deveria ter em atenção… O IUC pode-se tornar em CUI(dado)!
Um abraço.