PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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Preservação do património natural

Decorreu no passado dia 18 de Junho, na Biblioteca Municipal de Alvaiázere, a apresentação do livro “Nos Trilhos do Património Natural dos Concelhos do Norte do Distrito de Leiria” que contou com a presença e participação dos autores, do Sr. Presidente do Município e de uma vasta assistência de alvaiazerenses.

Devo referir que ninguém me encomendou o registo do evento, mas decidi fazê-lo, ao menos para que conste que, do meu modesto ponto de vista ou se preferirem, da minha janela, se trata de uma efeméride digna de ser assinalada, quer pela sua singularidade, quer pela mais valia que o livro representa para os cinco concelhos do norte do Distrito de Leiria, quer ainda pelo abundante acervo de espécies autóctones vegetais nele documentadas e retratadas.

Trata-se, com efeito, de uma obra que é o resultado de uma abundante pesquisa, cuidada e meticulosa, efectuada ao longo de vários anos pela AL-BAIAZ, no decurso daquilo a que chamou de “percursos pedestres”, realizados nos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera e Pedrógão Grande.

Apesar de leigo na matéria e da minha incompetência técnica me impedir de efectuar quaisquer comentários críticos sobre a matéria editada, enquanto alvaiazerense não posso deixar de manifestar a minha satisfação e um mal disfarçado orgulho por também me poder reconhecer herdeiro de um vasto património cujo valor, apesar de dificilmente mensurável, não deixa de ser imensamente valioso atenta a sua originalidade, raridade e indiscutível beleza.

É claro que todo o património carece de ser bem conservado e gerido de forma a não se deteriorar, ou seja, a não perder valor para poder conservar intacta a sua beleza e atractividade. E o património vegetal não constitui excepção, cabendo também às autarquias velar pela sua defesa e adoptar as medidas mais adequadas à sua preservação.

A AL-BAIAZ, enquanto associação de defesa do património, cumpriu a sua missão ao redescobrir, inventariar e catalogar todo este vasto património vegetal que agora tornou público. Esperemos agora que os eleitos locais cumpram também a sua.

Por fim duas notas: a primeira para agradecer aos autores o laborioso trabalho que tiveram para nos presentearem com tão bela quão valiosa obra; a segunda para salientar a qualidade do papel e a beleza das fotografias das espécies inseridas no livro, o que contribui em larga medida para aumentar o grau de satisfação de quem o folheia e incentivar quem pretenda partir à descoberta dos modelos reais.

Confesso que, por mim, me sinto agora muito mais tentado a fazê-lo.