Nos últimos meses assistimos a dois casos que merecem ser evidenciados e elogiados no que toca à recuperação do património histórico edificado.
Falo da recuperação da antiga igreja de Almoster e do Armazém das Cinco vilas em Maças de Dona Maria.
Se ao longo dos tempos tantas e tantos “pseudo” especialistas do património criticaram o estado de degradação dos edifícios de que falo, é mais do que justo salientar as obras de beneficiação do que foram e são alvo respectivamente.
No caso da igreja de Almoster a Junta de Freguesia ainda na gestão do anterior executivo liderado pelo Paulo Silva a quem deixo aqui um abraço e congratulo pelo excelente trabalho efetuado na sua Freguesia ao longo dos últimos 12 anos, liderou o processo e a obra, tendo a igreja agora um aspeto totalmente diferente dentro daquilo que os escombros permitiam. Mesmo sem teto fica um exemplo do que se pode fazer para melhorar o património histórico, aguardando a Vossa visita.
No caso do mítico Armazém das Cinco Vilas em Maças de Dona Maria, dois jovens Maçanenses arregaçaram as mangas, adquiriram o imóvel à Câmara Municipal com o propósito de recuperar na integra as fachadas do edifício e habilitar o mesmo com apartamentos e lojas para comércio, dando um excelente exemplo do que se pode e deve fazer com edifícios devolutos nos nossos centros urbanos.
Estes exemplos deveriam ser replicados um pouco por todo o concelho de modo a recuperarmos as construções existentes, garantindo assim a recuperação e a preservação da nossa identidade enquanto comunidade.
Sou dos que defende que antes de se permitir a construção novas habitações, dever-se-ia incrementar e potenciar incentivos para a reabilitação do património edificado, através por exemplo da redução das taxas e licenças para este tipo de operação urbanística ou por exemplo isentar por 20 ou mais anos estes imóveis de IMI. São só duas sugestões.
Além destes exemplos que referi, um pouco por todo o concelho vemos habitações reconstruídas pela comunidade estrangeira que decidiu ficar por cá e aproveitar a excelente qualidade de vida que usufruímos em Alvaiázere. Como já aqui referi, era uma boa ideia criar um gabinete de apoio à comunidade estrangeira de modo a facilitar todo o processo de compra de imóveis devolutos, os orientasse nas “burocracias” que existem facilitando assim sua permanência no Nosso Concelho. Era necessário também criar uma estratégia de divulgação do nosso território além portas divulgando a nossa riqueza patrimonial, histórica e natural de modo a cativar essas pessoas.
Todos sairíamos a ganhar e com mais pessoas poderíamos encarar o futuro com mais otimismo.