PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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“Toque do Silêncio”

Editorial

No primeiro dia de novembro é comemorado o Dia de Todos os Santos, rezando a todos os que morreram em estado de graça, pelo que o dia seguinte, dois de novembro, foi considerado o mais adequado para fazer orações por todos os que já partiram e desejamos que alcancem a vida eterna, celebrando o Dia de Finados.

A história revela-nos que datam do século I as primeiras orações pelos cristãos falecidos, principalmente quando começou a existir o hábito de visitar os túmulos dos mártires, no entanto só no século VIII, o papa Gregório III autorizou os padres a celebrarem missas em memória dos mortos, o que ainda hoje acontece.

E por todo o mundo a comemoração do Dia dos Finados espalhou-se rapidamente, embora seja celebrada de formas muito diferentes cruzando rituais católicos com outros rituais ancestrais e de paganismo, como é por exemplo a festa do Halloween, com as pessoas mascaradas com caveiras, esqueletos, bruxas e que nada tem a ver com os nossos princípios, mas sim com uma sociedade satânica.

Nos países católicos, como Portugal, a maioria da população celebra o Dia dos Finados, com a visita aos cemitérios, cuidando dos espaços dedicados aos seus entes queridos, acendendo-lhes velas, levando flores e rezando por estes.

No nosso concelho esta tradição é vivida com grande fé e devoção, não só pelos familiares, mas também pelas associações e instituições, que recordam e agradecem a dedicação e trabalho realizado em prol do desenvolvimento destas. Foi o que aconteceu com a cerimónia realizada pela ACREDEM de Maçãs de D. Maria, relativamente à partida recente da jovem Soraia Sousa, da Filarmónica de Alvaiázere à professora Alzira Silva, da organização da Marcha Atlética Alvaiázere 2022, ao António Gonçalves e da Al-Baiäz aos seus saudosos associados e colaboradores.

E nesta perspetiva o reconhecimento é uma atitude muito digna de humildade e de amor, e a forma como é transmitido pode tocar-nos de uma maneira diferenciadora, como o “Toque do Silêncio”, que quando o ouvimos sentimos uma profunda emoção despertando até silenciosas amarguras, sendo este, segundo contam, o resultado de uma história de coragem e de amor, mas que não passa de uma lenda. Independentemente da sua história de origem, e estando sempre presente nas solenidades a militares mortos, o que importa é que é, sem dúvida, uma melodia inesquecível e que pode ser dedicada em memória dos nossos entes queridos.

E como o Natal se aproxima e comemoramos a vida desejo a todos os colaboradores, assinantes e leitores, um Santo Natal, em silêncio, com paz, harmonia, saúde e amor, extensivo a todos os dias do ano 2023.