Editorial
Neste início do novo ano letivo e ao ter oportunidade de assistir às palestras para professores, que damos conhecimento nesta edição, surgiu-me a ideia de escrever como obtermos uma escola de êxito e feliz.
Não é possível mudar a escola só por decretos e portarias que refiram que a partir destes a escola será competente e alegre, mas sim só é possível democratizar e efetuar uma mudança autêntica na Escola, se existir vontade e empenhamento de todos.
Construindo o saber e as aprendizagens, sem desperdiçar conhecimentos, sem destruir as raízes e a partir das vivências dos alunos e dos seus problemas, onde a tolerância e a autonomia são fundamentais.
É necessário estabelecer vínculos afetivos e pedagogias críticas, pois além de ser preciso aprender a saber pensar é também importante aprender a saber criticar, em que os jovens sejam críticos do seu próprio destino e do devir de sociedades futuras que se desenvolvam em democracia e no respeito dos direitos humanos. Assim, Urge (Re)Pensar a Escola: uma escola que escute os alunos, os pais, os professores e a comunidade; uma escola que promova a educação multicultural, incentivando a diferenciação na aprendizagem, incorporando outros conhecimentos e saberes, além dos curriculares; uma escola que valorize a cidadania global; uma escola aberta ao mundo; uma escola onde sentimos que podemos partilhar e aprender com os outros; uma escola com um projeto apaixonante; uma escola com coragem para romper com a tradição; uma escola que aceite transgredir e criar; uma escola que permita o educador reinventarse; uma escola que possibilite aprender do emergente e não só do estabelecido; uma escola que em vez de procurar as inexistentes classes homogéneas, deveria procurar assumir que todas as classes são inerentemente heterogéneas; uma escola em que todos encontrem o seu lugar para aprenderem.
Urge construir pontes entre a família, a escola e a comunidade, pois por vezes um muro que parece intransponível poderá ser ultrapassado se todos dermos as mãos.
Todos sintonizados, em diálogo intercultural, certamente proporcionaremos vinculações seguras que estimulem uma partilha de estados emocionais facilitadores das aprendizagens, num enlace entre o conhecimento e o afeto contribuindo para formar seres plenos e harmoniosos, e sairmos todos mais enriquecidos e felizes.