Editorial
O nosso jornal, nesta edição, reflete a diversidade de comemorações com rituais simbólicos e religiosos, de grande importância, que decorreram durante este mês de maio, como a comemoração do dia da Mãe que a todos sensibiliza de modo particular, mas com o mesmo significado profundo de reconhecimento por quem nos deu o ser e nos ama de forma incondicional.
A devoção a Nossa Senhora de Fátima, no 13 de maio, também é relevante na nossa região, como no resto do país e até do mundo. E no nosso concelho, relativamente às festividades religiosas, destacamos a grande devoção à Nossa Senhora dos Covões, com a sua festa pitoresca, no mesmo dia da Mãe, a que juntamos os rituais da tradicional comemoração do dia da espiga, na quinta feira da Assunção, com a apanha de um pequeno raminho, onde não pode faltar a espiga, representando o pão, a videira a alegria, a papoila o amor, a oliveira a paz, o alecrim a saúde e malmequer o ouro e a prata. Também neste mês se festejou o S. Gens, um Santo, menos conhecido, mas também muito ligado às mães, por ser considerado o protetor destas na hora do parto.
De evidenciar a semana da Idade Maior repleta de atividades para a comunidade sénior, institucionalizada e não institucionalizada, que a todos agradou, por se sentirem mais acompanhados nesta semana, combatendo o isolamento que geralmente afeta esta faixa etária da população e contribuindo para a integração desta na comunidade.
Por outro lado, é meritório o reconhecimento daqueles que trabalharam uma vida em prol do desenvolvimento da sua comunidade, e num tempo em que o esforço exigido era demasiado para o que ganhavam, e só com muita coragem e privando-se, muitas vezes, do essencial, conseguiam colocar os seus filhos a estudar.
De relevância também neste mês de maio ser comemorado o dia dos Grupos de Voluntariado Comunitário da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que desenvolvem um trabalho mais próximo junto das populações locais, no sentido de as ajudar a enfrentarem um dos maiores desafios de saúde pública, consciencializando-as do problema e da necessidade de uma ação pessoal e coletiva, na luta contra o cancro.
Seria importante refletirmos no resultado publicado na última página do nosso jornal, em que o ideal seria todas as mulheres convidadas não terem faltado ao rastreio do cancro da mama, já que este diagnosticado numa fase inicial tem mais possibilidades de ser controlado e curado.
E viva o mês de maio, com votos da concretização do significado do raminho da espiga, que deve ser guardado durante todo o ano, para dar sorte e se cumprir a tradição.