PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

Centenário da Filarmónica Alvaiazerense de Santa Cecília comemorado com sucesso

Um ano recheado de atividades marcaram a comemoração do centenário da Filarmónica Alvaiazerense de Santa Cecília, que completou 100 anos no passado dia 11 de outubro. Com especial destaque para as realizadas com a Banda RED na FAFIPA, e a integrada no programa “Alvaiázere Capital do Chícharo”, no dia oito de outubro com o Concerto do Centenário pela Banda da Força Aérea, espetáculos inéditos que ficarão na memória de todos os que tiveram o privilégio de assistir a estes. O fim de semana de 21 e 22 de outubro também ficarão na história desta comemoração.

Na reta final da comemoração do centenário da Filarmónica Alvaiazerense de Santa Cecília abriu, no dia 21 de outubro na Casa Municipal da Cultura, a sessão solene o presidente da assembleia geral desta instituição, Álvaro Pinto Simões que felicitou os sócios e “todos aqueles que contribuíram para estarmos aqui hoje, porque eles foram os iniciadores, tantas mulheres e homens, sem eles nada teria sido feito”. Deixou de seguida uma palavra de apreço à Direção que, “tudo tem feito para que esta Associação tenha o dinamismo atual.

Recordou que quando foi feita a Casa da Cultura foi designado um espaço para a Filarmónica, que não foi aceite pelo atual presidente da direção, que solicitou a escola primária, onde hoje são as instalações desta associação, considerando que foi uma brilhante opção. Recordou ainda a visita a França, com um estádio cheio a aplaudir a Filarmónica, que o deixou com muito orgulho de ser alvaiazerense. E sublinhou, “Cem anos ao serviço da divulgação do concelho é algo de extraordinário e nesta data seria injusto não salientar o trabalho do Maestro, Fernando Gomes, que se tem dedicado de alma e coração a esta Filarmónica, Parabéns Maestro.” E uma salva de palmas espontânea soou estridente. E encerrou com uma saudação, “Cada vez tenho mais orgulho de ser alvaiazerense, viva a Filarmónica, vivam os alvaiazerenses”.

No uso da palavra o presidente da direção, Manuel Francisco, deu as boas vindas a todos os presentes e reforçou o sentido de estarmos reunidos, “para prestar a nossa homenagem a todos os que ao longo destes 100 anos deram vida à Sociedade Filarmónica Alvaiazerense de Santa Cecília. É este mesmo o nosso objetivo: homenagear todos os que lhe têm dado vida”. Nomeou todos os fundadores, “ Augusto Ferreira, João Ferreira Curado, José Alves dos Santos, José Alves Ferreira, Jacinto Mendes, António Maria Pereira, José Marques dos Santos Júnior, José Dias Mendes, Joaquim Borges Braga, Joaquim Lagoa, Afonso Rodrigues Balas, José da Silva, Jaime de Almeida, Henrique Batista, Joaquim dos Santos Cruz, Abílio Cassiano, Inocêncio Henriques, Joaquim da Silva Lagoa, Francisco Batista, José da Silva Quintino, Joaquim Pedro, Manuel Carvalho, e Abílio Almeida” E ainda referiu as testemunhas, “ Martinho Simões e Acácio Alves da Cunha”. E continuou, “Foram estes que, há um século, naquele dia 11 de outubro de 1923, perante o notário Policarpo Marques Rosa assinaram a “escritura de organização da sociedade filarmónica” e a ela se dedicaram como músicos e dirigentes”. Deu também a conhecer os membros da primeira direção, António José Ferreira Júnior, presidente, Augusto Ferreira, secretário e Abílio Almeida tesoureiro.

E fez um agradecimento extensivo, “estamos gratos a estes e a todos os dirigentes, maestros e músicos que se deram à sua, e nossa, Filarmónica bem como às suas famílias que, certamente os apoiaram e incentivaram”.

E também não esqueceu o importante papel dos sócios, “o nosso reconhecimento aos sócios e amigos da Filarmónica que ao longo deste século contribuíram com os seus donativos para a sua sustentação”. Assim como dos dirigentes políticos,” dignos de referência e de gratidão são também os que exerceram e exercem o poder político, de modo especial os executivos municipais a quem muitas vezes a direção da Filarmónica bateu à porta”.

E deixou um agradecimento a todo o executivo atual pelo apoio prestado, em especial às comemorações do centenário e ao funcionamento da Escola de Música.

Recordou que foi há 20 anos que foi cedida à Filarmónica a atual sede, “o que constituiu motivo de imensa alegria e a satisfação de um desejo de sempre, ter casa própria”.

Dirigiu palavras de grande apreço todos os que dão vida à Filarmónica, “Todos vós, músicos, sois merecedores do nosso profundo reconhecimento! Bem hajam pela vossa dedicação a esta causa”.

Historiou, o árduo trabalho desenvolvido para esta comemoração, mas também gratificante, não esquecendo de agradecer o papel fulcral de um elemento, “uma palavra de reconhecimento ao timoneiro desta barca, o maestro Fernando Gomes pela sua competência e disponibilidade”.

E transmitiu a honra, mas também o peso da responsabilidade desta comemoração, “somos herdeiros dum trabalho com 100 anos, compete-nos dar-lhe continuidade”, pelo que fez um apelo, “conto com todos vós, com o vosso empenho, com o vosso esforço e persistência, a vossa dedicação e generosidade, a vossa alegria”.

Agradeceu a colaboração dos órgãos sociais em tantas circunstâncias,” Permitam que refira os meus colegas de direção, o Vítor Joaquim, o Jorge Ribeiro, o Luís Silva, o José Guerreiro, o Sérgio Fernandes e o Paulo Lourenço que têm constituído o núcleo duro do staff de apoio às muitas atividades que temos desenvolvido”.

Deixou ainda uma palavra de reconhecimento a todos e a todas que têm colaborado, não esquecendo os que ajudaram a organizar esta cerimónia.

Concluiu com uma saudação, “Viva a Filarmónica”.

Seguiu-se a intervenção do presidente da CMA, João Paulo Guerreiro, que se congratulou por poder participar nesta comemoração, dirigindo um reconhecido agradecimento ao maestro e a todos os executantes, pedindo uma salva de palmas que soou ruidosa. E refletiu, “Cem anos equivale a muita projeção de Alvaiázere no país e no estrangeiro, a eles se deve muito da cultura do concelho, muito trabalho, muitas festas e romarias”. Classificou este ano do centenário como especial, relembrando, que ficou entusiasmado com a atuação de igual para igual com a orquestra da força aérea.

Justificou o apoio que a CMA tem dado a todas as associações do concelho e em particular a esta, considerando que foi um dos melhores investimentos o reforço dado este ano de 50.000 euros, prometendo que podem continuar a contar com o apoio da autarquia, deixou um abraço a todos e os parabéns pelos cem anos de vida da Filarmónica oferecendo-lhe um estandarte novo.

O Presidente da Junta de Freguesia de Alvaiázere também ofereceu um quadro com placa comemorativa.

O Maestro, Fernando Gomes fez a apresentação da medalha comemorativa e do CD” O Centenário “explicando como foi feita a seleção das músicas e apelando à sua compra na esperança que o apreciem.

A Apresentação de livro “Centenário da Fundação da Sociedade Musical Alvaiazerense”, foi feita pelo seu autor, Manuel Augusto Dias, que deu a conhecer as diversas fontes utilizadas, destacando o Jornal, “O Alvaiazerense” e a colaboração da sua diretora, Teodora Cardo, historiou o título do livro e descreveu a simbologia da sua capa. E sobre o seu conteúdo deixou motivação suficiente para o lermos.

Foi transmitida pelo Maestro, Fernando Gomes, com expressividade, uma mensagem de agradecimento ao presidente da direção, que transcrevemos na íntegra (em quadro ao lado). E no final foi feita a estreia da abertura musical com o nome: Prof. Manuel Francisco, tendo este agradecido, visivelmente comovido pela surpresa.

Após a visualização de um vídeo sobre a Filarmónica e a entrega a todos os executantes do livro, medalha e CD foi feita uma homenagem a dois executantes, o mais velho em idade, Fernando da Piedade Gomes e o mais velho executante, Rui Manuel Ribeiro Gomes. Este ofereceu a homenagem recebida à família em especial à esposa, filhos e pais, que o apoiaram incondicionalmente, considerando estes como músicos sem farda, pedindo uma salva de palmas para todas as famílias dos executantes, que foi retribuída.

Depois desta merecida homenagem foi tocado o hino da Filarmónica.

A sessão solene na Casa Municipal da Cultura encerrou com a entrega de uma lembrança ao autor do livro, Manuel Augusto Dias e ao compositor da partitura com o nome de Manuel Francisco e do hino da Filarmónica, Flávio Expedito.

E todos os presentes rumaram à sede da Filarmónica para participarem no descerramento de placa comemorativa e visitarem a exposição de fotos de presidentes da direção entre 1923 a 2023, nomeadamente, António José Ferreira Júnior, Cesário Neves, Manuel Simões Cardo, José Maria Castelão, António Lourenço, Mário Nunes Sério, António Manuel Vaz de Morais, Manuel Abreu Batista, Filipe Antunes dos Santos, Artur Manuel Freire Caetano da Silva, Fernando Manuel Jesus simões, António Furtado Rodrigues, Firmino Mendes Lopes, Vítor José Silva Serpa e Oliveira, António Rodrigues de Carvalho, José Pina Alves Simões e Manuel Francisco Marques da Silva.

Depois da visita a este memorial, seguiu-se um suculento lanche num são convívio de amizades.

A comemoração centenária continuou no dia 22 de outubro com a bênção do estandarte e celebração da Santa Missa de sufrágio, pelo Reverendo Padre Celestino Brás, na Igreja de Alvaiázere seguida de romagem ao cemitério, em memória de todos os que partiram e fizeram parte da Filarmónica.

A comemoração do centenário encerrou com um almoço, muito participado, de confraternização no restaurante “O Brás”.

No final deste o presidente da direção da filarmónica, Manuel Francisco, agradeceu, ao Reverendo Padre Celestino Brás pela colaboração nesta comemoração com a celebração da Santa Missa e romagem ao cemitério, assim como a todos os que tem contribuído desde a celebração dos 75 anos, para a concretização deste almoço anual, que se iniciou no salão paroquial de Alvaiázere, com o empréstimo de muito material pelo restaurante Brás. No final deste primeiro almoço com a azafama do vai e vem do material emprestado o Sr. Brás referiu, para o ano é melhor fazerem em minha casa evitando-se o transporte e assim se começou a fazer o almoço na modalidade atual, pelo que foi feito um agradecimento especial ao S. Brás e sua família pela sempre pronta disponibilidade.

Seguiu-se a partilha do bolo do centenário com um brinde de parabéns a longos anos de vida, com muita vitalidade musical.

Mensagem de Agradecimento ao Presidente da Direção da Filarmónica

Os músicos e maestro desta coletividade querem prestar uma homenagem muito especial de agradecimento e de reconhecimento do seu empenho, disponibilidade, competência e dedicação ao Professor Doutor Manuel Francisco, o nosso presidente! Ligado à Filarmónica desde 1997 e como presidente desta coletividade desde 2007, tem sido um dos grandes impulsionadores e pilares desta instituição. Pelo menos já trabalhou com três maestros, geriu dezenas de músicos que fizeram e fazem parte das fileiras da nossa filarmónica, e trabalhou com os diferentes membros da direção e órgãos sociais. Foi com o Professor Manuel Francisco que a escola de música começou a ganhar vida e notoriedade, foi também com ele que a Filarmónica teve uma nova casa/sede, foi com ele que se criou a Orquestra Ligeira, foi com ele se renovou o fardamento, entre muitos outros exemplos marcantes da nossa instituição. A nível musical foi também com o Professor que a banda participou no Jubileu de Músicos em Fátima no ano 2000, sendo músicos da nossa Filarmónica aqueles que transportaram o andor da Nossa Senhora. Já em 2019 a nossa Filarmónica foi entrevistada na RTP1 em direto quando do desfile Nacional de Bandas Filarmónicas. Com o CD gravado este ano, que será lançado brevemente, foi também com ele que esta instituição tem uma cassete e dois CD gravados. Foi através dele que muitos músicos Alvaiazerenses tiveram possibilidade de iniciar os seus estudos musicais de forma profissional, ou então tão simplesmente a possibilidade de participar em cursos de aperfeiçoamento, como foi o meu caso, permitindo e incentivando o uso dos instrumentos da Filarmónica, em situações de benefício pessoal de cada músico. Por fim, mas não menos importante, o apoio, experiência, suporte e conselhos que sabiamente foi partilhando com todas as pessoas que se cruzaram com ele ao longo destes mais de 25 anos de música. Por tudo o mencionado anteriormente, e muito mais haveria a dizer, pedimos para que o compositor e amigo Flávio Expedito, compusesse uma obra musical onde o nome do “nosso presidente” ficasse imortalizado. Como dizia Fernando Pessoa,” Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”, assim sendo apresentamos aqui a estreia mundial da abertura musical com o nome: Prof. Manuel Francisco.