No fim-de-semana de 19 e 20 de maio, Alvaiázere recebeu a ExpoSicó 2018, que assinalou os 30 anos da Feira do Queijo Rabaçal e os 25 anos da sub-região de vinhos Terras de Sicó.
O certame iniciou-se no sábado, dia 19, com o XVII Capítulo da Confraria do Queijo Rabaçal e o Desfile das Confrarias, que fizeram o trajeto entre a Casa Municipal da Cultura e a Igreja Matriz de Alvaiázere. À noite, o Museu Municipal foi palco do Encontro Regional de Tunas e Grupos de Cantares Tradicionais, que contou com a participação da Tuna da Associação Artística e Cultural Salatina, do Grupo de Cantares de Pedra & Cal de Alviobeira de Tomar e da Tuna e Cantares da Misericórdia de Alvaiázere.
A abertura oficial do certame teve lugar na manhã de domingo, com uma sessão solene no salão nobre da Câmara Municipal, que contou com a presença de Nuno Moita, presidente cessante da Associação Terras de Sicó, Luís Matias, o novo presidente eleito e Célia Marques, presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere.
A autarca começou por relembrar que há 30 anos os seis presidentes dos Municípios das Terras de Sicó “foram pioneiros em procurar obter um instrumento de desenvolvimento económico para a região”, uma ideia que considerou “virtuosa e à frente no seu tempo: unir seis concelhos em torno de uma identidade, aqui corporizada por um produto, comum a seis municípios”.
Célia Marques referiu que os territórios de baixa densidade se deparam com desafios cada vez mais exigentes, que passam pela “definição de estratégias que permitam conferir sustentabilidade ao próprio território” e pela “adoção de políticas de desenvolvimento consequentes e que sejam levadas a cabo numa perspetiva integrada”.
Na sua perspetiva, são os recursos do território que podem permitir a abertura de novas portas que até aqui se encontravam fechadas, e estes recursos incluem “a paisagem, a gastronomia, a cultura, o património nas suas diferentes dimensões (natural, arquitetónico, histórico) e as atividades económicas tradicionais e específicas da região”.
A autarca reforçou ainda que a Associação Terras de Sicó está a mover os seus esforços no sentido de criar riqueza no território e gerar mais-valias que permitam melhorar a qualidade de vida dos que lá moram e dos que vão chegar, lamentando a pouca visibilidade dada sobretudo pelos responsáveis governativos, concluindo: “cabe a nós, responsáveis políticos da estratégia da Terras de Sicó fazer por nos darmos a conhecer a Portugal e, porque não, ao Mundo!”.
Após a habitual visita ao certame, seguiu-se a apresentação oficial do vinho comemorativo dos 25 anos dos Vinhos Terras de Sicó, que teve lugar na tenda instalada junto ao Mercado Municipal.
No período da tarde realizou-se o XXX Festival de Folclore da Serra de Sicó, no qual participaram o Rancho Típico do Alvorge (Ansião), o Grupo Folclórico e Etnográfico da Eira Pedrinha (Condeixa- -a-Nova), o Rancho Folclórico do Centro Social e Polivalente do Rabaçal (Penela), o Rancho Típico de Pombal, o Rancho das Ceifeirinhas da Casa do Povo de Vila Nova de Anços (Soure) e ainda o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Maçãs de D. Maria (Alvaiázere).
A tarde ficou ainda marcada por um workshop de apoio ao artesanato e carta de artesão, dinamizado pelo Cearte, por uma sessão de divulgação dos apoios de Desenvolvimento Local de Base Comunitária Terras de Sicó 2020, e terminou com as provas comentadas dos Vinhos Terras de Sicó.