Descrição sumária da visita
Na visita de estudo que decorreu do dia 7 ao dia 12 de fevereiro de 2024, o país visitado foi a Itália, mais especificamente, as cidades de Roma e Nápoles.
A viagem foi organizada pela professora Teodora Cardo, de História A e acompanhada pela professora Ana Moreira, de Português, tendo como objetivo a conscientização para a temática do Holocausto, no âmbito da matéria lecionada no final do 1º Período e inicio do 2º Período em História, como também para a consolidação do conhecimento relativo às épocas clássica, renascentista e barroca.
O primeiro dia, quarta-feira, resume-se às viagens. Com partida às 04:45 da manhã de Alvaiázere, com chegada às 07:00 ao aeroporto de Lisboa, embarcámos por volta das 08:50 pela companhia aérea “Ryanair”, com chegada a Roma, aproximadamente às 13:00. Após o almoço, entrámos no autocarro “Bus Shuttle” para irmos para a próxima estação de autocarros “Rome Tiburtina”, que nos levaria para Nápoles. A viagem pela cidade de Roma foi absolutamente espetacular, uma vez que conseguimos ver um número imenso de igrejas misturadas com as casa e prédios.
Quando chegamos a Nápoles, andámos até ao nosso hotel, o que nos deu a oportunidade de conhecer a cidade. Passámos por uma parte mais remota da cidade e percorremos algumas ruelas para chegarmos até ao Correra Hotel, onde nos hospedámos. À noite, para jantar, visitámos uma pizzaria perto do hotel, onde provámos, alguns de nós pela primeira vez, a pizza típica da Itália. No segundo dia, após tomar o pequeno-almoço no hotel, seguimos de metro para Pompeia. No final da visita a Pompeia vimos frescos deslumbrantes, que foram preservados e restaurados ao longo do tempo, por especialistas.
Após sairmos de Pompeia, rumo a Nápoles, fomos conhecer a galeria Umberto I que é absolutamente deslumbrante! No terceiro dia fizemos check-out do hotel Correra e seguimos para o centro de Nápoles, onde visitamos a “Basilica Reale Pontificia San Francesco da Paola”, que fica em frente ao Palácio Real de Nápoles. Seguiu-se a visita a este palácio, onde presenciámos uma peça de teatro, onde a rainha e o rei dançavam, ensinando as crianças presentes.
No final do dia oito de fevereiro voltámos para Roma e hospedámo-nos no Hotel Tex.
No dia seguinte, sábado, após tomarmos o pequeno-almoço no Hotel, fomos de metro até ao Coliseu, uma das estruturas mais prestigiadas de Itália, para depois seguirmos em autocarro, para visitarmos as Catacumbas de S. Sebastião.
Depois da visita às Catacumbas, subimos para a Basílica de São Sebastião, que é uma igreja que se situa em cima destas.
Após o almoço, seguimos para a Basílica de S. Clemente e depois para o Museu da Libertação.
No domingo, foi o dia de visitarmos o estado do Vaticano. Até lá, andámos pela cidade e chegámos à Praça de Espanha, onde se encontra a tão aclamada Fontana di Trevi. Esta fonte era o ponto final de um dos mais importantes aquedutos que abasteciam a cidade da Roma Antiga e, que ao longo do tempo foi sendo renovada. No centro desta conseguimos ver o deus Oceano, Netuno puxado numa biga puxado por dois cavalos, que por sua vez são guiados por tritões. Pessoalmente, consegui cumprir a tradição na Fontana, ao comer um delicioso gelado à frente desta estrutura tão magnífica.
A seguir, seguimos para a praça Navona, onde ficámos por breves momentos, para depois seguirmos para o estado do Vaticano, onde assistimos à Bênção do Papa, e posteriormente visitamos a Basílica de São Pedro que é o maior e mais importante monumento religioso católico. Esta estrutura tem 340 estátuas de mártires, santos e anjos.
Mais tarde, após o almoço, visitamos o monumento Vittorio Emmanuele II, construído em honra do primeiro rei de Itália.
No final da tarde visitámos o museu Capitolino, que engloba várias obras, como uma das mais conhecidas que é a” Loba Capitolina”.
No dia 12 de fevereiro, partimos de autocarro para o aeroporto às 06:30, embarcando no avião às 09:45 da manhã. Após desembarcarmos, aproximadamente às 12:00, fomos almoçar e no final partimos para Alvaiázere, no autocarro da CMA, chegando por volta das 15:50.
Em suma, considero que esta visita de estudo foi muito esclarecedora, tanto em aspetos de matéria, quanto em aspetos mais gerais e de formação pessoal, como por exemplo, para uma melhor inserção na sociedade, uma vez que esta viagem me deu oportunidade de presenciar outras realidades mais distintas da minha, como é o exemplo de Nápoles. A gastronomia é bem diferente, numa faceta positiva, porque gostei da comida típica da Itália que tive a oportunidade de experimentar. Além disso, apreciei muito os momentos em grupo que tivemos, já que todos nós estávamos a viver algo novo. Levo desta viagem muito conhecimento e sem dúvida, muitas memórias incríveis.
Hugo Gomes
Esta foi uma viagem incrível, rica em cultura e que ficará, sem dúvida, na minha memória, irei sempre recordá-la com muita felicidade. O que mais gostei de ver foi a Basílica de São Pedro e o Palácio Real de Nápoles. Faço um balanço bastante positivo da viagem, acho que correu tudo conforme o esperado. Ficarei eternamente grata à professora por todo o trabalho que teve para nos proporcionar esta visita.
Mafalda Silva
A viagem à Itália foi inesquecível e enriquecedora. Visitar os diferentes monumentos e locais históricos proporcionou, sem dúvida, uma compreensão mais profunda da história e cultura deste país fascinante. (…)
Rodrigo Marques
Pompeia
Durante a visita a Pompeia, fomos transportados ao passado para o mundo antigo romano. Ao caminhar pelas ruas desta cidade histórica, que foi submersa em cinzas vulcânicas após a erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C., fomos imersos na riqueza da vida quotidiana da época. Desde os magníficos frescos nas paredes das casas até os vestígios bem preservados dos templos e termas, cada canto de Pompeia contou-nos uma história vívida do passado. A experiência foi tanto educativa quanto emocionante, proporcionando uma compreensão mais profunda da civilização romana e das consequências avassaladoras de desastres naturais. Ao explorar as ruínas de Pompeia, ficou claro como a cidade era um centro vibrante de comércio, arte e cultura. Deparamo-nos com os vestígios de lojas, tabernas e até mesmo bordéis, testemunhando a diversidade e a vida movimentada que caracterizavam a cidade. Além disso, a visão das estátuas e dos monumentos públicos destacava a importância da religião e da política na sociedade romana. A visita a esta cidade não apenas permitiu apreciar a beleza e a complexidade da antiga Pompeia, como também nos deixou a refletir sobre a fragilidade da vida humana diante das forças da natureza.
Francisco Santos
Museu da Libertação
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Itália, inicialmente aliada à Alemanha, tomou, posteriormente, uma posição contrária à da potência alemã. Isso levou a um episódio de brutalidade conhecido como o “massacre da Fossa Ardeatina”, onde rebeldes italianos mataram 33 soldados nazistas, resultando em retaliação alemã: 10 italianos foram executados por cada soldado alemão morto. O “Museo della Liberazione” em Roma, que antes era a sede da Embaixada Alemã, tornou-se um local de tortura e reclusão após a morte do fascista Benito Mussolini e a consequente invasão alemã. As condições eram terríveis: janelas muradas, sem eletricidade, proibição de leitura ou escrita, e tortura severa. Os prisioneiros mantinham registos dos dias nas paredes, com as suas unhas e deixavam mensagens escondidas para suas famílias. O Museu hoje serve como um local para refletir sobre o Holocausto e a experiência das vítimas desse período sombrio. Visitar o Museo della Liberazione em Roma é uma experiência profundamente comovente e educacional, oferecendo uma visão detalhada dos horrores enfrentados durante a Segunda Guerra Mundial. O museu não apenas documenta os eventos locais, mas também os contextualiza dentro do panorama mais amplo do Holocausto, promovendo uma reflexão sobre a resiliência humana, a luta pela liberdade e a importância de aprender com o passado para construir um futuro mais justo e tolerante.
Leonor Geraldes, Joana Gomes e Hugo Gomes
Palácio Real de Nápoles
O Palácio Real de Nápoles, é uma obra-prima arquitetónica que reflete a grandiosidade e a história da cidade italiana de Nápoles. Situado no coração da cidade, este foi construído com o objetivo de hospedar o rei Filipe III de Espanha, esperado em Nápoles com a sua consorte para uma visita oficial que nunca aconteceu. Posteriormente, acabou por servir como residência real para os reis de Nápoles e de Sicília. Com sua fachada imponente e elegante, o Palácio Real de Nápoles é um exemplo marcante da arquitetura barroca italiana. As suas vastas salas ornamentadas, grandiosos salões e preciosas obras de arte testemunham o esplendor e o poder dos seus reis. Entre os destaques do palácio estão os frescos deslumbrantes, as tapeçarias ricamente bordadas e os móveis luxuosos que decoram os diversos salões e salas de receção. No total o palácio conta com mais de 30 salas. Além de sua beleza arquitetónica e histórica, o Palácio Real de Nápoles também desempenhou um papel crucial na vida política e cultural da cidade ao longo dos séculos. Foi local de importantes eventos diplomáticos, cerimónias reais e receções de Estado.
Pedro Medeiros Simões e Afonso Mendes Carmo
Basílica de São Pedro
A visita de estudo à Itália foi uma experiência única, profícua e bastante enriquecedora. Um dos locais que mais gostei de conhecer foi o Vaticano, nomeadamente a Basílica de São Pedro, classificada pela UNESCO como Património Mundial. Desde logo, perto da entrada, deparei-me com a “Pietá”, uma das esculturas mais reconhecidas do mundo, criada pelo mestre italiano Michelangelo, que retrata Jesus morto nos braços de sua mãe. No centro da Basílica encontra-se o altar principal, construído sobre o túmulo de São Pedro e sob a magnífica cúpula desenhada também por Michelangelo. Para além destes elementos mais emblemáticos, é importante mencionar a enorme quantidade de detalhes maravilhosos e minuciosamente trabalhados que contribuem significativamente para realçar a beleza e riqueza deste ilustre monumento. A Basílica de São Pedro é, de facto, grandiosa não só em relação à sua arquitetura deslumbrante, como também no que diz respeito ao seu papel enquanto centro espiritual e símbolo de união para milhões de fiéis em todo o mundo, tendo constituído um marco histórico que testemunhou eventos cruciais da história da humanidade.
Beatriz Pinheiro
As catacumbas de São Sebastião e Basílica de São Clemente
As catacumbas de São Sebastião, situadas fora do centro de Roma, são um labirinto subterrâneo de túneis e câmaras que serviram como locais de sepultura para os primeiros cristãos, durante os períodos de perseguição. Esses túneis apresentam frescos e inscrições que testemunham a fé e a devoção daqueles que foram lá enterrados, oferecendo um vislumbre fascinante da vida cristã primitiva. Por outro lado, a Basílica de São Clemente é um exemplo único da história de Roma, em camadas. Esta basílica é conhecida por ter na sua estrutura três níveis, cada um representando diferentes períodos da história cristã. O nível superior é uma igreja medieval, o segundo nível revela uma basílica do século IV, enquanto o terceiro nível leva os visitantes a descobrir um antigo templo dedicado ao deus Mitra. Esta basílica ofereceu-nos uma oportunidade única de mergulhar na história e na evolução do cristianismo em Roma, desde as suas origens até os tempos modernos.
Tomás Carvalho, João Simões e Diogo Lopes
Museu Capitolino
Recentemente, tivemos a oportunidade de visitar o Museu Capitolino, localizado no coração de Roma, Itália. Os corredores adornados com esculturas antigas e pinturas renascentistas convidam os visitantes a mergulharem em séculos de cultura. Ao explorar inúmeras obras, fomos capazes de escolher a nossa predileta, a escultura que capta a curiosidade de todos os visitantes, a Loba Capitolina. Esta obra concebida em bronze de uma loba a amamentar os gémeos Rómulo e Remo, foi inspirada no mito do fundador de Roma. E assim, esta imagem tornou-se um símbolo poderoso da origem e da resiliência da cidade romana ao longo da história. O Museu Capitolino é um tesouro italiano com uma riqueza cultural e histórica abundante. É, sem dúvida, uma visita obrigatória para qualquer amante da história e da arte!
Matilde Carmo e Mónica Lopes
Agradecimentos
Depois dos testemunhos dos alunos sobre a visita, cumpre-me agradecer: à colega Ana Moreira no trabalho interdisciplinar indispensável para a aprovação da visita e no acompanhamento dos alunos, demonstrando sempre um entusiasmo contagiante; aos pais pelo esforço financeiro despendido; à Câmara Municipal de Alvaiázere, por assegurar o transporte de alunos e professoras de Alvaiázere ao aeroporto de Lisboa e no regresso novamente deste para Alvaiázere; às Juntas de freguesia do concelho, por apoiaram cada aluno da sua freguesia em 50€; à equipa, “CRIA O TEU DESTNO”, Tânia Miguel e Tiago Lopes, consultores independestes iGliGo (RNAVT 3301), pelo grande disponibilidade e colaboração na logística de toda a viagem. E por fim e não menos importante um agradecimento muito especial à Alvaiazerense, natural de Almoster, Maria Conceição Lourenço, que nos deu um apoio extraordinário, na preparação da visita, contato com uma colega, professora, que guiou a vista à Basílica de S. Clemente e pela tradução para português desta visita e da também guiada ao Museu da Libertação, assim como nos contatos efetuados com os diversos locais visitados, e ainda pelo acompanhamento ao Gueto de Roma. O nosso muito obrigada por toda a colaboração prestada e que contribuiu igualmente para que esta vista fosse um êxito.
Teodora Cardo