PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

Museu acolheu Seminário Luso-brasileiro de Arqueologia e Património

A vila de Alvaiázere voltou a acolher, pelo segundo ano consecutivo, o Seminário Luso-brasileiro de Arqueologia e Património, que se realizou nos dias 23 e 24 de agosto, no Museu Municipal de Alvaiázere. Durante dois dias, o Museu voltou a dar destaque ao património e à cultura, sensibilizando a comunidade local para a importância da sua preservação.

O seminário começou com a apresentação de trabalhos realizados no âmbito do projeto Ciência Viva em Alvaiázere. Ao longo da manhã do primeiro dia do Seminário Luso-brasileiro de Arqueologia e Património os participantes tiveram a oportunidade de apresentar os seus trabalhos.

Posteriormente, seguiu-se uma tarde rica em património e cultura, onde os participantes puderam assistir à apresentação de vários temas relacionados com a arqueologia e o património. Assim, ao início da tarde Joana Freire, professora do Instituto Politécnico de Tomar e da Universidade Autónoma de Lisboa, abordou os diferentes cuidados subjacentes à conservação de metais arqueológicos resgatados de meios submersos.

Seguiu-se a oradora Alexandra Figueiredo, docente do Instituto Politécnico de Tomar, que salientou a importância do complexo megalítico do Rego da Murta no panorama nacional.

De seguida, Adolfo Miguel Martins, da Direção-geral do Património Cultural (DGPC), conduziu os presentes numa viagem subaquática através da comunicação "Troia 1, Viagem no Tempo e no mar: interpretação de um naufrágio".

Depois Nuno Ribeiro tomou a palavra para apresentar alguns dados inéditos da Pré-história dos Concelhos de Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos. Ao longo da sua intervenção, este orador reiterou a respetiva correlação desses dados inéditos da pré-história dos concelhos de Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos com a arqueologia da Serra da Lousã e da Serra da Estrela.

O Seminário continuou com a apresentação do estudo dos restos faunísticos da Gruta do Bacelinho (Alvaiázere), que ficou a cargo de Anderson Tognoli, investigador da Universidade de S. Paulo, no Brasil.

Por sua vez, Cláudio Monteiro (UTAD) explicou a necessidade da utilização do património como meio de conservação e manutenção do mesmo.

A terminar a sessão, Paula Cassiano, diretora do Museu Municipal de Alvaiázere, abordou o conceito de património, em contexto local, enquanto recurso de elevado significado para o desenvolvimento sustentável do território e da população.

Já no domingo, 24 de agosto, o dia foi dedicado à visita de alguns sítios arqueológicos do concelho de Alvaiázere, com todos os inscritos a terem a oportunidade de participar numa visita guiada ao complexo megalítico do Rego da Murta.

Para o Museu Municipal de Alvaiázere, esta iniciativa tratou-se, portanto, de um dia dedicado à partilha de conhecimentos que enriqueceram cada um dos presentes, apresentandose o património enquanto elemento distintivo do território e móbil de desenvolvimento local.

O Seminário Luso-brasileiro de Arqueologia e Património realizou-se no âmbito das investigações arqueológicas no concelho de Alvaiázere, tendo sido organizado pelo Museu Municipal de Alvaiázere em conjunto com a Unidade Departamental de Arqueologia, Conservação, Restauro e Património do Instituto Politécnico de Tomar, com vista a sensibilizar a comunidade local para a importância do património.

Museu sensibilizou crianças para importância do património

O Museu Municipal de Alvaiázere promoveu a atividade "Arqueólogo por um dia", dedicado às crianças dos 6 e os 12 anos de idade, no passado dia 21 de agosto, no Parque de Campismo de Alvaiázere.

Nesta iniciativa, foi explicado a estas crianças o conceito de património e a abrangência do mesmo. De seguida, os participantes desta atividade participaram num atelier de cerâmica, no qual, recorrendo a técnicas préhistóricas utilizadas pelos antepassados, todas as crianças produziram e decoraram as suas peças cerâmicas que posteriormente foram cozidas numa fogueira preparada para o efeito.

Além disso, as crianças participaram ainda num atelier lúdico pedagógico que simulou o processo de escavação arqueológica, que incluiu todas as etapas deste processo, nomeadamente pesquisa, escavação e registo dos materiais encontrados.