Já há uns três números de "O Alvaiazerense" para os quais não escrevi o meu habitual artigo. Mas desta vez estou bem disposto e vou articular qualquer coisa.
Não sei se os meus queridos leitores repararam que nos meses de Janeiro e Fevereiro passados, muito se falou na palavra "CORRUPÇÃO". De facto foi verdade.
Lembrei-me de ir consultar um dicionário de português que comprei em 1950 e esta palavra pouco dizia, talvez porque nesse tempo as pessoas fossem mais sérias e até mais honestas.
Actualmente comprei um outro dicionário, este já mais avançado em palavras e, neste já se diz muita coisa. Os tempos mudaram-se. Consultei este dicionário e ele diz que corrupção quer dizer: "Acto ou efeito de corromper ou corromper-se; estado do que se vai corrompendo; decomposição; putrefacção; acto de corromper moralmente; perversão; adulteração; estado do que é corrompido, uso de meios ilícitos para obter algo de alguém; suborno.
Segundo a etimologia da palavra, corrupção advem de corromper. Esta significa: estragar; infectra; desnaturar; tornar podre; alterar o que é são e honesto; depravar; perverter; levar (alguém) a agir contra os seus princípios; subornar; alterar-se; estragar-se; apodrecer-se; (tudo isto vem do latim "corrumpere".
Vejam senhores leitores se de facto no ano passado muito se falou em corrupção. Isto de facto está podre. Uns roubam, assaltam, matam, todos os dias nos jornais se lê assaltos a casas de habitação, casas comerciais, matar crianças (indefesas), que não sabem o que é uma fala para dela fugirem, violações e muito mais coisas. Mas que liberdade é esta que dá para tudo. Antigamente não havia nada que se comparasse com isto. Havia uma coisa muito linda, existia respeitinho e tudo andava sobre esferas.
E, além disso alguns estão fechados, mas poucos, porque se fossem a encerrálos todos não havia cadeias que chegassem, e, lá é que estão bem, pois para esses a palavra vergonha não existe, tudo por causa do ambicionado material sonante que é o DINHEIRO. Para que é tanta coisa, tanta ambição, se quando morrermos levamos para debaixo da terra um fato se nos o vestirem, uma caixa de madeira e o ambicionado dinheiro fica cá todo. Para que é tanta coisa.
Segundo consta nos jornais, esse senhor que segundo ouço dizer está preso na cadeia de Évora também ambicionava dinheiro. Seria para levar algum quando morresse?
Por isso nesse dicionário que acima faço referência e que comprei no ano de 1950, não diz tanto como o que tenho agora e que recentemente comprei. Pois, naquela data não havia tanta corrupção como na época de agora. Vivia-se mais feliz, divertido e com segurança. Hoje é uma completa podridão.
Como actualmente se vive, parece-me bem que NÃO ESTÁ CERTO.