Neste ano de 2019 ainda nada escrevi para o nosso Jornal, “O Alvaiazarenese”. Mas, desta vez, que até estou bem disposto, vou escrever alguma coisa, sobre o estado actual (politicamente) como vai o nosso país. Quase todos os dias leio alguns jornais diários e neles encontro alguns artigos acerca do estado político, isto é como vai a governação, deste nosso rectângulo. E, como não podia deixar de ser, é só greves e mais greves de tudo o que pode ser. Enfim, nada está bom. Enfermeiros, médicos, professores, tribunais, repartições… e não só. Brinca-se com tudo. Onde está o progresso deste país que vive com magros recursos. Ninguém assume responsabilidades. De onde vem o mal? Ninguém o assume. Eu, signatário deste artigo, digo que há liberdade a mais e ninguém assume responsabilidade. Isto não pode ser assim e assim não deve continuar. Estou esperando que o povo português irá mais tarde ou mais cedo chegar a uma grande conclusão. Já dizia Frederico II rei da Prúcia no século XVIII que ele e o seu povo tinham chegado a um acordo. “Eles dão os seus conselhos e eu faço o que quero”. Isto actualmente e em Portugal o povo manifesta opiniões, mas quem manda não se pronuncia.
Coitado de quem está doente e necessita que lhe façam uma cirurgia para alcançar mais uns tempos de vida e ninguém lha faz porque os técnicos auxiliares estão de greve. Eu gostaria que o paciente fosse o pai ou mãe de quem está de greve. Talvez isso aconteça. Não se sabe. Há uns anos a esta parte, contou-me um bombeiro, que transportou um doente a um hospital deste país e, como se sabe foi para a sala de espera. O paciente estava farto de esperar e, a dada altura começou por dizer a seguinte expressão “Ai se o meu rapaz cá estivesse”. Este pobre homem vivia da agricultura. Eu conhecia-o bem. Sei o que ele era. Um dos clínicos que por ali estava perguntou ao bombeiro, “mas quem é o rapaz por quem este homem está a falar”. O bombeiro respondeu: “é o pai do senhor fulano…”
Ora logo a pobre criatura foi imediatamente tratado com todo o carinho possível e imaginário e rápido. Em comentário meu… é assim a pobre vida. Chego à conclusão, que não percebo o que os nossos governantes querem, que o país ande para a frente rápido demais ou se é o povo que quer o contrário, ou vice-versa. Faz-me lembrar que o padre António Anchieta, um dos grandes evangelizadores nos sertres do Brasil e, umas das suas andanças a pregar, a dada altura tinha tanta pressa em chegar a uma aldeia, que mal parava para comer ou dormir. Os indígenas que o acompanhavam recusaram-se a continuar a caminhada. O padre Anchieta, espantado, perguntou-lhes porque tinham parado. A resposta foi bastante elucidativa. “É que nós temos andado depressa demais e a nossa alma ficou para trás. Temos de esperar que ela entre outa vez no corpo para podermos continuar a caminhar”. E, agora digo eu: continuamos sempre à espera de que tudo neste país se resolva, mas nunca mais há maneira. Tudo cada vez pior. Em certo tempo ainda tive esperanças. Mas estou a ver que não há maneiras de Portugal ir para a frente, como já em tempos idos foi. Mas enfim…
Caros leitores saibam que no mês de fevereiro, no dia 1 de 1908 assassinaram o rei D. Carlos e o príncipe Filipe; no dia 4 de 1799 nasceu o poeta Almeida Garrete; em 6 de 1608 nasceu o padre António Viera; em 8 de 1828 nasceu Júlio Verne; em 17 de 1869 nasceu Gago Coutinho (grande navegador aéreo); em 20 de 1978 faleceu Vitorino Nemésio (se bem me lembro…) este sabia falar português; e, em 24 de dezembro de 1937 nasceu o signatário deste artigo, Alberto de Jesus Ferreira.
Para este país continuar como tem sido até esta data parece-me bem que NÃO ESTÁ CERTO.