Trovoada passada, e a coisa empatada, agora na expectativa do “arredonda a saia” das comadres…
Maio, mês do coração, com algumas emoções, começou com a continuidade de águas mil de abril. Neste cenário de caracterização do “tempo”, nós cá pelo campo, rural, coincidentemente coincidimos na sua interpretação pela via do “instituído” conceito e padrão urbanístico que vaza e transvaza na comunicação social, isto é, bom tempo é sol, e mau tempo é chuva. Assim, já todos opinávamos, e sentíamos, estar um pouco fartos do “bom” tempo de chuva, apesar dos níveis de reserva das albufeiras não estarem assegurados para os abastecimentos gerais do precioso líquido.
Maio, do coração, em especial do de Mãe, em dia comemorado universalmente e em Alvaiázere na simultaneidade com a Festa da Nª Sra. dos Covões que marca o início da nossa época das tradicionais festas e romarias, pagãs e religiosas.
Seguindo, mais emoções com o “Dia da Espiga”. Aqui, a tradição da colheita do ramo nos campos, que simbolizava a bênção dos primeiros frutos e o momento de viragem do calendário rural, fica em segundo plano em detrimento das emoções do arraial de bailarico com a sardinha assada… Pois, com broa e pinga, o basilar da produção agrícola: o pão e o vinho.
Por referência à agricultura, salienta-se no panorama alvaiazerense a necessidade do associativismo nesta área. Diria também, uma exigência perante o contexto e na perspetiva, em interligação com outras sinergias associativas, de viabilização dessas atividades económicas, possibilitando aos pequenos proprietários e agricultores um caminho e a força da união para participarem de forma organizada na construção de melhores condições de vida e de produção no contributo para o desenvolvimento de Alvaiázere.
Por falar em associativismo, está aí a anunciada reentrada em cena da Assembleia de Alvaiázere, mais conhecida por “Clube”, com diferenciadas emoções recreativas em perspetiva.
Emoções fortes também na Semana da Idade Maior, o convívio e confraternização dos maiores de 65 anos com o poder autárquico, e com os muito institucionalizados acompanhados de jovens monitoras. Sobressai o “passeio”, para uma missa fora de portas e bailarico de “velhos com velhos” e “novos com novas”.
Passando à frente de várias questões sociopolíticas nacionais, outras emoções retornaram em maio com a reposição de feriados, e assim o dia do Corpo de Deus foi motivo para mais comemorações, divididas: religiosas, com as procissões por um lado, e turísticas com férias extras em “ponte” por outro.
E sem mais gastos extras em redecoração de rotundas, dêmos as boas-vindas à 36ª FAFIPA, que certamente trará chícharas emoções.