PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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A Propósito da Natalidade!

Um dos temas mais importantes e badalados dos últimos tempos, tem sido a baixa natalidade do País. Ao que dizem os especialistas, se a situação actual não for invertida, daqui a 50 anos poderemos ser pouco mais de 6 milhões. Assustador, no mínimo! Avançaram-se com comissões de estudo e pensase em medidas adequadas para fomentar o aumento da natalidade, ao nível das leis laborais e de benefícios fiscais. Nos dias que correm serão fundamentais, tais incentivos. Em termos locais, as próprias câmaras municipais tem um papel relevante na promoção da fixação de pessoas e por inerência na natalidade. Ainda recentemente, o município de Oleiros decidiu atribuir uma verba de cinco mil euros por cada filho. Certamente que é uma verba interessante e que pode ter frutos; todavia, o essencial para fixar pessoas passará por criar postos de trabalho, que permitam que as famílias tenham meios de subsistência duradouros. Todos sabemos que uma das formas do conseguir será promovendo a implementação de empresas. No nosso concelho os autarcas nunca apostaram forte nessa estratégia, ao contrário do concelho vizinho de Ansião, que se empenhou na construção do parque empresarial do Camporês, e onde actualmente laboram mais de trinta empresas, que garantem quinhentos empregos e facturam mais de trinta milhões de euros por ano. Estranhamente por cá, as opções dos últimos anos não têm sido nesse sentido, preferindo-se as requalificações e urbanizações, em excesso. Esquece-se o essencial e opta-se pelo acessório! Pensa-se no alindar, na roupagem, na fachada, no investimento improdutivo e fica para trás muito do fundamental, tal como, criar infra-estruturas em locais que possam ser oferecidos a preços justos ou mesmo simbólicos, a empresas credíveis e sustentáveis, para criarem riqueza e empregos. Empregos que fixem pessoas e que lhes permitam procriarem e aumentar, ou pelo menos manter, a população. Posteriormente, essa garantia de subsistência acabará por promover o mercado habitacional do concelho. Ao contrário do que manda a lógica, há ainda quem prefira começar a casa pelo telhado. Infelizmente, assim, os resultados nunca poderão ser os melhores!