Sempre que um ano termina, é inevitável e recomendável uma retrospectiva. Dois mil e dezassete foi marcante pela negativa, face aos trágicos incêndios ocorridos, alguns muito perto do nosso concelho. Os dias 17 de Junho e 15 de Outubro ficarão registados para sempre na memória nacional, pelos piores motivos, esperando que nunca mais se repitam, aliás, é o mínimo que se exige ao Estado.
Felizmente que também houve factos positivos, designadamente na economia, com taxa de crescimento recorde no actual século. É manifesto que no mundo global onde vivemos, quando a Europa se “constipa”, Portugal apanha “pneumonia”, em compensação quando a conjuntura internacional é favorável, ganhamos e muito com isso. Impossível não referir que o ano foi soberbo, diremos mesmo de ouro, para o turismo e acabou justamente com vários prémios, como Portugal eleito o melhor destino do mundo, Lisboa a melhor cidade para curtas estadias e a Madeira como o melhor destino insular.
Os Ronaldos continuam a dar cartas! No futebol a quinta bola de ouro e o das Finanças, “conquistou” a presidência do Eurogrupo. Para além de diversas circunstâncias que levaram a que os países mais poderosos não apresentassem candidato para o cargo, sem dúvida, que Portugal e Centeno foram premiados, pelo quase milagre de reduzirem a austeridade em simultâneo com o cumprimento do défice exigido por Bruxelas e em paralelo reduzir o desemprego, algo que muitos consideraram impensável. É óbvio que foi necessário o incremento das cativações, a subida de alguns impostos indirectos, a “enorme” ajuda da conjuntura externa e a subida exponencial do turismo, as variáveis que se podem alterar e que nos preocupam: se acontecer, estaremos acautelados para tal?
Para todos os que possibilitam há 36 anos que este jornal seja uma realidade contínua, leitores, assinantes e anunciantes, os nossos desejos de um Bom Ano de 2018, pleno de boas notícias!