PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

Casa cheia nas comemorações dos 500 anos do Foral Manuelino

Em Maçãs de D. Maria

A freguesia de Maçãs de D. Maria deu início ao programa de comemoração dos 500 anos da outorga do seu Foral Manuelino, no passado dia 9 de novembro, com a cerimónia de apresentação do programa que se estende até ao final do ano 2015, uma curta intervenção do Grupo de Teatro de Maçãs de D. Maria e uma conversa em torno dos forais com a presença de Saul Gomes, Mário Rodrigues e Miguel Portela.

Na sessão inaugural das comemorações, Carlos Laranjeira Craveiro referiu que "este programa não visa só recordar o passado mas também integrar as pessoas na sua terra e na sua história". "O amor à história e ao passado vai levar-nos a que, através destas iniciativas, possamos recuar no tempo, vermos o que fomos e ao que chegámos".

Perante o auditório da Junta de Freguesia local cheio, Carlos Laranjeira Craveiro afirmou que "o foral de Maçãs de D. Maria, como os restantes forais do país, deixou de ter importância a partir das primeiras décadas do séc. XIX, mas continua ser enorme a sua importância, não só pelo seu valor histórico, patrimonial, político, social, linguístico e económico, mas, sobretudo, pelo seu significado simbólico, constituindo uma herança antiga que devemos continuar a preservar e comemorar".

De salientar que todas as iniciativas desta comemoração foram organizadas pela Comissão Executiva das Comemorações dos 500 anos do Foral Manuelino de Maçãs de Dona Maria, que contou com o apoio e colaboração desta Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Alvaiázere.

Monumento comemorativo dos 500 anos do foral manuelino foi inaugurado

O monumento comemorativo dos 500 anos da outorga do foral manuelino de Maçãs de D. Maria foi inaugurado no passado dia 22 de novembro. O presidente da Junta de Freguesia de Maçãs de D. Maria, Arlindo Sousa, considerou o monumento "uma obra simbólica", que demonstra que "500 anos depois continuamos ativos, perdemos a distinção de concelho mas não perdemos a nossa dignidade e a nossa capacidade de intervenção".

Com vista a deixar uma marca dos 500 anos da outorga do foral manuelino, "a comissão executiva das comemorações dos 500 anos do Foral Manuelino de Maçãs de D. Maria lançou o desafio à Junta de Freguesia de financiar um monumento que marcasse esta data e a importância do foral para esta terra", referiu Arlindo Sousa, adiantando que este monumento é "um projeto digno à memória e à história desta terra".

O autarca apresentou a escultura como "um monumento vertical como a terra onde vai perdurar, de cabeça erguida como os seus habitantes, elegante e orgulhoso ao assumir a história de Maçãs de D. Maria e de calcário: a pedra mais rija dos territórios das Terras de Sicó". Arlindo Sousa disse ainda que na estátua "se realçam os principais dados de interesse da comemoração dos 500 anos da outorga do Foral do rei D. Manuel I a esta povoação e a estampagem da primeira página do Foral".

Município de Alvaiázere apresentou livro "Alvaiázere e os seus forais – 500 anos de história"

O Município de Alvaiázere apresentou o livro "Alvaiázere e os seus forais – 500 anos de história, Forais Manuelinos de Alvaiázere, Maçãs de Caminho, Maçãs de Dona Maria e Pussos", numa cerimónia englobada nas comemorações dos 500 anos do Foral Manuelino atribuído a Maçãs de D. Maria, promovidas pela Junta desta Freguesia, e que foi o corolário do ciclo cultural celebrativo do quinto centenário da outorga dos Forais Manuelinos do concelho de Alvaiázere.

"Alvaiázere e os seus forais – 500 anos de história, Forais Manuelinos de Alvaiázere, Maçãs de Caminho, Maçãs de Dona Maria e Pussos" é uma obra de "edição limitada exclusiva a mil exemplares numerados", revelou o presidente da Câmara, Paulo Morgado, adiantando que a mesma teve a direção e coordenação geral da vereadora da Cultura, Sílvia Lopes, a coordenação científica e editorial de Saul Gomes e Mário Rui Rodrigues e a coautoria de Paula Cassiano, Paula Marques, Miguel Carvalho e Miguel Portela.

"Trata-se de uma obra de edição limitada que se pretende única e de enorme qualidade", considerou Sílvia Lopes, adiantando que "descreveria este estudo da seguinte forma: Alvaiázere registos de ontem e de hoje, a desenhar o amanhã ainda por escrever".

Para a vereadora, "esta obra assumese como um contributo de extrema importância para a narrativa da história do território que administrativamente conhecemos como concelho de Alvaiázere".

"Este é um grande livro", salientou Mário Rui Rodrigues, considerando que com esta obra "Alvaiázere está claramente à frente nos melhores exemplos de comemorações dos Forais", sendo mesmo "um exemplo para muitas outras autarquias".

Vila "vestiu-se" a rigor para a recriação da entrega do Foral Manuelino

Maçãs de Dona Maria vestiu-se a rigor no passado dia 23 de novembro, para receber a recriação Histórica dos 500 anos da entrega do Foral à vila de Maçãs de Dona Maria por El Rei D. Manuel, Rei de Portugal, e dos Algarves D´Aquém e D´Além mar, em Africa, senhor do comércio da conquista e da navegação Arabia, Pérsia e India. Nem a chuva intimidou os presentes e o desfile acabou por acontecer com a encenação da entrega do foral à vila Maçãs de Dona Maria e com a apresentação e leitura de uma réplica do mesmo, pelo grupo de Teatro Canto Firme de Tomar, com a colaboração do Grupo Folclórico de Maças de Dona Maria e da população em geral. A animação continuou com o Grupo de Teatro Canto Firme de Tomar, que encenou a recriação histórica deste tão importante acontecimento e do Grupo Alva Canto de Alvaiázere que cantaram bonitas músicas da época.

Seguiu-se uma ceia quinhentista para todos os presentes onde tudo foi pensado a rigor. Da ementa constou a sopa de castanhas, já que na época ainda não havia batatas, pão saloio e o porco no espeto criado nos montes e temperado com ervas aromáticas, água e vinho.

Num ambiente de festa e grande convívio, foi notório o envolvimento de toda a população que muito contribuíram para o sucesso do evento, realçando que foi um fim de semana marcado pelas atividades mas também pela união dos Maçanenses em torno destas comemorações.