PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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A miséria dos extremismos que temos

Portugal assistiu nas últimas semanas e de forma incrédula, ao que os dos dois partidos que ocupam as franjas políticas e extremistas nos têm para dar.

Comecemos pelo Bloco de Esquerda (BE).

No alto da hipocrisia das manas Mortágua, apregoam a viva voz, que são o partido que mais e melhor defende os trabalhadores, que o despedimento nunca pode ser a solução e o desfecho de uma relação laboral, que as dificuldades e a falta de liquidez financeiras de uma empresa não pode ser motivo de justa causa para o despedimento, que as grávidas e as lactentes têm de ver os seus direitos aumentados e consagrados ou que as licenças de maternidade e paternidade têm de ser alargadas para prazos quase infinitos.

Neste caso, como no caso “Robles” por exemplo, é fácil utilizar um provérbio usado de forma recorrente, “bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz”, para ilustrar a falsidade daquele partido.

É fácil dizer que são contra a especulação imobiliária e ter nos quadros dirigentes promotores imobiliários e gerentes de habitações com alojamento local, é fácil mentir até com a própria avó para atingir fins políticos e agora é fácil censurar as empresas que despedem e tratar como “assassinos” os seus gerentes, mas quando se trata de despedir trabalhadoras dos quadros do BE nomeadamente das grávidas ou das recentes Mães, esses direitos já podem ser completamente postos de parte e despedir através de um telefonema nem tem assim nada de ilegal.

Como podemos nós acreditar nesta gente? Onde está a sua coerência? Como se sentirão os cinco funcionários de BE que foram despedidos? O que lhes terá para dizer o clã Mortágua? Lamentável e vergonhosono mínimo.

Agora o CHEGA. Mostrou do que é feito e constituído.

Tirando André Ventura e Rita Matias (que embora não concordando com o seu ideal político, tenho de lhes reconhecer bastantes competências como deputados e tribunos), o CHEGA é constituído por gente do estirpe do seu ex deputado vindo dos Açores Miguel Arruda.

Quando pensava que não era possível descer mais baixo na política do que José Sócrates, eis que aparece um deputado que rouba malas nos aeroportos para vender posteriormente os seus recheios em plataformas digitais. Roubar malas? Como é que isto é possível num deputado?

O CHEGA é mesmo isto. Pessoas sem valores e sem escrúpulos, que ocupam lugares em listas porque as pessoas moderadas e inteligentes, jamais os querem ocupar naquele partido.

Quando vemos os deputados do CHEGA a tomar a palavra (com a excepção de André Ventura e de Rita Matias), o que vemos é um despejar de boçalidades e uma verbosidade verbal que espanta a mais incrédula, das pessoas menos preparadas.

Por isto e por tudo o que representam de mau para as democracias, os partidos extremistas independentemente do seu País, são um ataque ao equilíbrio e à moderação política que deve nortear a constituição das democracias consolidadas e evoluídas.

É necessário que os partidos moderados, arrepiem caminho e comecem a pensar em governar com princípios que combatam o avanço destes partidos. Está nas suas mãos, senão temo que daqui a meia dúzia de anos talvez seja tarde demais.

Um abraço