PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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O Dia Internacional do Aperto de Mão comemora-se a 21 de junho.

Na cultura ocidental, este gesto, aparentemente irrelevante, é uma expressão bem vincada do sentimento de amizade, afinidade e confiança entre pessoas.

A conexão de pele com pele, palma desarmada sobre outra igualmente desarmada, conhecida ou desconhecida, estabelece uma relação entre duas pessoas que, conhecendo-se ou não, ficam por ela marcadas.

Infelizmente, por força da situação em que vivemos, somos obrigados a seguir a saudação mais comum no oriente que consiste em curvar-se ao cumprimentado. Este comportamento, algo frio para os nossos costumes, tornou-se imprescindível como forma de evitar o contágio Covid-19.

Voltando ao aperto de mão, como terá surgido este cumprimento tão tradicional? Segundo os historiadores, a sua origem perde-se nos primórdios da humanidade. Quando um elemento de uma tribo estendia a mão, vazia, a outro de uma tribo rival demonstrava que não era portador de alguma arma e que pretendia um relacionamento pacífico.

Os hieróglifos egípcios são as mais antigas representações deste gesto e representavam o verbo “dar”.

Em vasos funerários da Grécia antiga, de há 2500 anos, podem-se admirar imagens de aperto de mãos.

Também era tradição, pouco antes do início dos Jogos Olímpicos, um emissário percorrer as cidades anunciando a ekcheiria (o “aperto de mão”), ou trégua. Mesmo os que estivessem em guerra deveriam guardar as armas para competir pacificamente.

No Império Romano, o cumprimento entre duas pessoas começava com o aperto dos antebraços, verificando que nada havia escondido na manga, deslizando depois até ao aperto de mãos.

É que as mãos abertas terão sido utilizadas como armadilha para chegar junto de estranhos ou inimigos, apanhandoos desprevenidos. As mãos estavam vazias mas na manga, por vezes, aparecia a faca ou o punhal. Provavelmente, deve ter sido esta a origem da expressão “nada na manga”.

Termino com um aperto de mão virtual sem vírus na manga.