No próximo dia 12 de Outubro realizam-se as eleições que decidem o destino dos Municípios para os próximos quatro anos.
Estas eleições revestem-se de particular importância para a gestão da causa pública, pois devido à proximidade com as populações (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) estas intervêm directamente com a nossa qualidade de vida nos mais variados vectores.
Alvaiázere não é excepção.
Este ano 4 forças políticas (CHEGA, PCP, PS e PSD) disputam a gestão da Câmara Municipal e Assembleia Municipal e só o PS e o PSD disputam as 5 Juntas de Freguesia.
Estamos a quinze dias das eleições e pouco ou nada se vê na rua, atrevendo-me a dizer que muitos de nós ainda não sabe sequer a data das eleições.
Longe vão os tempos onde apaixonadamente se corriam as casas todas do Concelho, num contacto directo com todos os Munícipes. Onde as ruas, portas e janelas se enchiam de bandeiras e panfletos, de todas as cores, onde os mais jovens corriam os lugares do Concelho com carros de som e alegria, onde os mais velhos explicavam à população quais os projectos e ideias para os próximos 4 anos e onde se escreviam e ouviam os “recados” da sábia população.
Hoje não se faz política…
Hoje vivemos na ditadura das redes sociais, onde muita gente comenta e pouco faz, onde muita gente crítica mas nunca foi a uma Assembleia de Freguesia expor as suas ideias, onde muita gente se sente no direito de atingir sem apelo nem agravo as pessoas que têm a função de decidir, mas nunca foram expor ou reivindicar as suas ideias a uma Assembleia Municipal ou a uma reunião de Câmara.
Hoje não se discutem ideias e projetos… disputam-se lugares.
Os mais velhos, desiludidos com a política, afastam-se e desinteressam-se.
Os mais novos nem querem saber, pois muitos deles nem sabem quais os órgãos de decisão política que existem no País e muitos deles depois dos 18 anos nunca votaram.
A política infelizmente, foi-se degradando. Os políticos (essencialmente) da capital, tudo fizeram para que isso acontecesse.
É urgente inverter este panorama.
A nossa vida é regida pela política. Em tudo o que fazemos existe política, dependemos dela, seja nas regras da gestão familiar ou até na hora de decidir o que fazer no dia-a-dia.
E para fazer política não é preciso ser militante de um partido. Basta intervir na vida cívica, nos actos de cidadania, na vida associativa (não confundir com levar a política para as direcções das Associações) e tantas outras coisas mais.
Não podemos, nem nos devemos desviar deste desígnio. Para os mais novos em especial abracem a causa pública como um desafio ou até mesmo uma missão. O nosso futuro, pertence-vos.
Termino com uma frase de Platão ” O preço a pagar pela tua não participação na política, é seres governado por quem é inferior.”
Pensem nisso!