PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE

DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO

DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

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Os avós

Os avós exercem ou exerceram um papel importante nas nossas vidas, devido à experiência e sabedoria que acumularam ao longo dos anos. Para lembrar a sua importância, pois geralmente são as pessoas mais queridas e respeitadas dentro de uma família, comemora-se o Dia dos Avós.

A escolha de 26 de julho para celebrar este dia possui origem bíblica. A data foi instituída pelo Papa Paulo VI, para homenagear os pais de Maria, mãe de Jesus, chamados Ana e Joaquim, os quais tinham sido canonizados no século XVI pelo papa Gregório VIII.

Curiosamente, o Dia Mundial dos Avós tem origem portuguesa. Foi uma senhora chamada Ana Elisa Couto (1926-2007), conhecida como Dona Aninhas, natural de Penafiel e avó de seis netos que durante cerca de 20 anos reivindicou a instituição de uma data que valorizasse a figura dos avós. A mesma acabou por ser instituída pela Assembleia da República, em 2003, para ser celebrada no dia 26 de julho.

Por sua vez, o Papa Francisco, em 31 de janeiro de 2021, anunciou a comemoração de um Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a ser celebrado anualmente pela Igreja Católica, no quarto domingo de julho.

Li, com satisfação, o artigo de opinião “Avós numa Sociedade Moderna” do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras onde questionava: “se já existem licenças de maternidade e paternidade, porque não dar um passo à frente nas políticas de conciliação entre vida profissional e familiar?” e que acrescenta ” decidimos implementar a Licença de ‘Avosidade’, que permitirá aos avós participarem ativamente no cuidado e educação dos seus netos.”

Assim, “a Licença de ‘Avosidade’ concederá a cada avó e avô um período de um mês para se dedicar ao cuidado do primeiro neto, até aos três anos da criança.”

Ora, esta Licença de ‘Avosidade’ será, seguramente, uma medida inédita em Portugal. Carlos Carreiras desafia, e eu subscrevo inteiramente, “o setor público e as empresas privadas a olharem para esta nova licença como um avanço, como uma medida que reflete a evolução das necessidades familiares no contexto atual. Ao permitir que os avós desempenhem um papel ativo no cuidado dos netos, não só estaremos a apoiar as famílias como também a fortalecer a coesão social.”

Ele termina o seu artigo desejando que outras regiões reconheçam a importância dos avós na estrutura familiar e que adotem outras medidas semelhantes.

Espero que este desejo se concretize e, embora esta Licença de “avosidade” seja direcionada para quem ainda está no mundo do trabalho, a mesma seja convertida em subsídio de “avosidade” para aqueles que estão na reforma. Redução de IMI, de taxas de saneamento, transportes, medicamentos? A imaginação o dirá.