PROPRIEDADE: CASA DO CONCELHO DE ALVAIÁZERE
DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO
DIRECTOR: MARIA TEODORA FREIRE GONÇALVES CARDO
DIRECTOR-ADJUNTO: CARLOS FREIRE RIBEIRO

Nós por cá...

30 de Abril de 2016

... nunca ouvimos falar tanto de offshores, como neste mês de Abril de águas mil, pelo que tivemos de aprofundar o tema e a anotação da Wikipédia, que refere “o termo vem dos tempos dos corsários que saqueavam os mares e depositavam a pilhagem offshore (fora da costa)” é bem esclarecedora sobre o que estamos a falar. Há muitos países, denominados paraísos fiscais, com regimes fiscais específicos e com taxas atraentes, na sua maioria em ilhas e que permitem a abertura de contas bancárias anónimas e a criação de empresas geridas por “testas de ferro”, isto é, aqueles que detêm o título de propriedade de algo que gerem com benefício de terceiros, que são os verdadeiros donos de negócio. É aqui que está o pecado mortal, já que é ocultado o nome do verdadeiro dono, permanecendo anónimo. Assim, quando surge a ordem judicial, é impossível saber-se quem são os verdadeiros proprietários do dinheiro depositado. Aproveitam os criminosos para lavagem de dinheiro e os muito ricos para fugirem ao fisco. Em contrapartida, o cidadão comum vê serem cobrados à cabeça, os impostos nos seus vencimentos e reformas ou pensões e não pode optar por tais benesses. E assim, centenas poupam milhões e milhões pagam centenas e milhares, para garantir as receitas fiscais dos países. Em suma, o poder económico sobrepõe-se a um princípio básico da democracia, a legitimidade do poder político, sendo necessária legislação concertada a nível global, para a correcção que se impõe.

Descabido e sem sentido a sugestão de alterar a designação do cartão do cidadão, para cartão da cidadania, questionando “o sexo das palavras”. Mais um tiro no pé da classe política partidária, que parece ter tempo disponível para discutir futilidades, descurando o principal. Lamentável.

Cá no sossego do burgo, houve desassossego com duas listas para a concelhia do PSD, com braços de ferro e contagens de apoios, num porta a porta intenso. Um salutar processo de democracia interna, ou um sobressalto no poder local?